Desporto

sábado, 21 de novembro de 2015

ISN e Capitanias nas mãos dos Sindicato das Administrações Portuárias?

      Noticia o Correio da Manhã de hoje que a Autoridade Marítima reforçou a estação de salva-vidas da Figueira da Foz com dois elementos militarizados que já prestavam serviço na capitania depois de terem recebido uma semana de formação em salva-vidas a que se seguirá um período de formação específica relativa àquela fatídica barra. Tal medida deve-se à indisponibilidade do atual Sota-Patrão, a quem está a ser instruído um processo disciplinar, de prestar socorro entre as 1800h e as 0900h, apesar de receber um subsídio para o efeito e horas extraordinárias que lhes foram entretanto retiradas. Serafim Gomes, do Sindicato dos Trabalhadores das Administrações Portuárias já veio dizer que os novos elementos não são qualificados para o salvamento e que vai recorrer judicialmente porque o Capitão do Porto não tem autoridade para cortar subsídios. É claro que, para o STAP, trabalhadores só no Estado!, há que proteger o seu sagrado direito à tranquilidade noturna apesar de serem pagos para proteger os "não trabalhadores" privados que não têm salário fixo nem horário de trabalho definido mas contribuem para lhes pagar salários, subsídios e horas extra. Um enxovalho aos Trabalhadores Pescadores revestida de profunda desumanidade que pode induzir o levantamento popular contra órgãos do Estado, propósito das forças políticas derrotadas do 25/11, servindo-se dos "idiotas úteis", neste caso os trabalhadores portuários, sempre prontos, salvos exceções, a espezinhar os restantes concidadãos na defesa do seu benefício. Esta é, também, uma forma de totalitarismo uma vez que vai ganhando consistência, cada vez mais evidente, a ideia de que os Tribunais defendem os funcionários públicos, mais parecendo uma superestrutura sindical. Estão em causa as democracias.

Paradoxos!

   As sociedades humanas evoluíram muito; da barbárie ao Estado de Direito e deste ao Estado dos Juízes; do Direito Natural, ao poder da interpretação discricionária das leis.
 
(tela de Giorgio da Castelfranco; renascentista italiano)