Desporto

domingo, 30 de agosto de 2015

Alfredo Kraus canta "Amapola"

Porta 18

   Deplorável o caso de tráfico de droga no qual está envolvido um, agora, ex-Director do Benfica, que entrou no clube pela mão do actual Presidente. Um facto que vem reforçar as suspeições dos seus detractores que há muito lançam rumores do seu envolvimento em negócios esquisitos, apesar de nada ter sido apurado que seja do conhecimento público. Seja qual for o resultado das investigações, o Benfica, ainda que nada tenha a ver com o caso, fica despojado de autoridade moral para apontar o dedo aos rivais. Mais uma vez, fica demonstrada a falta de prudência de Filipe Vieira na escolha dos seus colaboradores. Mais grave, a falta de controlo! Então entra e sai das instalações do clube gente desconhecida de origem colombiana e ninguém estranha? Não há controlo? Amadorismo e irresponsabilidade, intoleráveis! 

   Os benfiquistas e a população em geral necessitam de saber , sem equívocos, que o clube,  efectivamente, nada tem a ver com o caso. Esperemos que a PJ investigue a fundo o assunto e torne públicas as suas conclusões, o mais rapidamente possível. E que os envolvidos sejam acusados e julgados.

   Francamente!

(Tela de Amadeo Modiglianni: A Dama de Arminho)
   

Em que ficamos?

   Frente ao Moreirense, uma vitória sofrida e já inesperada; a equipa do Benfica apresentou-se, mais uma vez, sem intensidade nem dinâmica. Pratica um futebol estático, previsível e inócuo, vivendo do talento de alguns jogadores, em especial Gaitan, Jonas, Mitroglou e agora Jimenez. Carece gritantemente de criatividade no meio-campo e de ala direita. Aos avançados, exímios no jogo aéreo, faltam os centros e cruzamentos a preceito, que só Gaitan tem mostrado capacidade para produzir. 

   Guedes e Talisca vieram provocar roturas obrigando os adversários a correr, a cometer faltas, e a defesa a desposicionar-se. Perante um adversário que montou a equipa em trinta metros, os jogadores do Benfica insistiam, sem convicção, em transportar a bola num labirinto que faz lembrar os tetrápodes de proteção marítima. Com este tipo de equipas, o futebol português não tem futuro; entram a proteger o pontinho adquirido por entrar em campo. E não saímos disto! 

   Felizmente que o mercado fecha em breve permitindo que cada um se concentre no seu trabalho, acabando com a incerteza que paira sobre jogadores e Treinador. Não há coração que aguente!

   Está visto que, após tanta e persistente berraria - salvo seja -, contra os árbitros e Vitor Pereira, aqueles acusam o condicionamento nos jogos. Ainda vamos na terceira jornada e os efeitos já se fazem sentir; o Benfica deveria ter, pelo menos, mais um ponto...ou três.

   Rui Vitória ainda tem que conquistar a confiança dos jogadores e o coração dos adeptos. Ontem deu mais um pequeno passo...mas não chega!

   Há que continuar a trabalhar com ideias e com inteligência.

(Tela: "Nu" de Amadeu Modiglianni)