Desporto

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Extorsão Municipal

      Direito de passagem!, direito de passagem é o que as câmaras municipais cobram a várias entidades cujas infraestruturas correspondentes aos serviços que prestam passam no concelho, como as elétricas e de comunicações! Claro que esta taxa é cobrada na fatura respectiva ao esbulhado munícipe, que talvez nem se aperceba do que está a acontecer, dada a forma simulada e cobarde de intervenção das câmaras municipais. Na verdade, pretendem ocultar o estupro prevenindo eventual reação adversa com repercussões eleitorais. Tal, porém, é contrário aos interesses da democracia cuja regra de ouro consiste no escrutínio contínuo dos governantes pelos governados; talvez o único mecanismo político capaz de pôr cobro ao descalabro corrente e crescente das autarquias - com honrosas exceções. O munícipe tem que perceber e sentir que o dinheiro que o seu município esbanja, sai do seu bolso. Logo que tal ocorra os senhores autarcas passarão a mudar as suas prioridades. Há tempos atrás alguém chegou a avançar publicamente, com a ideia de as câmaras cobrarem aos bancos uma taxa pela ocupação da via pública das suas caixas multibanco!, ou seja; o desgraçado do munícipe é enxovalhado ao ter que realizar à intempérie as operações bancárias e outras de que necessita, e ainda pagaria, implicitamente, é certo, uma taxa pela ocupação da via pública! Isto é tão absurdo que, criado o precedente, pode replicar-se indefinidamente! Claro que a solução consiste na imposição de sobriedade e responsabilidade às autarquias e em garantir os direitos básicos das pessoas. Ou a Declaração Universal dos Direitos do Homem é só para citar quando convém?

domingo, 26 de abril de 2015

Benfica-Porto (0-0)

      Resultado justo que escancara as portas do título ao Benfica. Desta vez, Jorge Jesus controlou o "extase da vitória", contrariamente ao que aconteceu no penúltimo, que perdeu no último instante, ao querer ganhar o jogo, subindo a equipa descontroladamente nos últimos minutos da partida.  Nada de euforias!, há ainda 12 pontos em disputa e bem conhecemos as mil manhas da "exemplar" estrutura.
 
   O jogo foi equilibrado, com apenas duas oportunidades de golo, uma para cada lado. A equipa do Porto, como lhe competia, assumiu a iniciativa, mas, mantendo cinco jogadores no eixo da sua defesa, revelando muito medinho de Lima, Jonas e Cª. A equipa do Benfica, amputado do seu melhor extremo-direito, com Talisca à direita e Gaitan descaído para dentro para o trabalho do meio-campo, equilibrou o jogo na zona central, excepto no período que daria a oportunidade ao porto, mas prejudicou o seu jogo ofensivo por falta de amplitude. Ainda assim, um Gaitan mais lesto poderia ter desfeiteado Helton num lançamento em profundidade em que poderia tê-lo isolado.
 
   No segundo tempo, a música foi outra; os encarnados subiram no terreno, ativaram as suas faixas laterais e aumentaram a pressão à saída da área do adversário, impedindo-o de construir os seus lances ofensivos. Por várias vezes vimos os azuis aos "papeis" no seu meio-campo, tendo surgido nesta fase o lance em que Fejsa falhou o alvo por não ter dado desconto ao posicionamento do corpo no momento do remate. Lopetegui meteu a "artilharia" toda, Herrera e Quaresma, mas os encarnados não se desmancharam, percebendo-se o descontrolo emocional de alguns atletas portistas - Jackson e Quaresma.

   Jorge de Sousa não cometeu erros graves, mas equivocou-se nalguns lances, com prejuízo para os encarnados.

   O Estádio esteve lindo e o Público, a alma do jogo, esteve muito bem.

   Força Benfica, rumo à vitória final.

Despertar (foto de Aldus Huxley)

        
"A despesa sofreu um aumento de 45,7 milhões de euros face ao período homólogo (primeiro trimestre de 2015 - n.a), que se deveu, em grande medida, à evolução das despesas com pessoal (+18,1 milhões de euros), em resultado da reposição parcial dos vencimentos na Administração Pública e do acréscimo em outra despesa, relativamente a produtos farmacêuticos [medicamentos]", pode ler-se no documento." (O Económico)
 
   "...Quem poderá domar, este corcel..." Dizia o poeta, imortalizado pelo saudoso Adriano, referindo-se à compulsividade do pensamento. Apenas uma figura de estilo, pois o corcel deste caso é o da despesa pública que nada nem ninguém parece capaz de conter, apesar dos quatro anos de violenta austeridade!

   Mais uma vez os médicos estão na linha da frente, desta vez, na reversão dos cortes nos salários da função pública! Com novas formações políticas no horizonte ameaçando a hegemonia dos Partidos do tradicional "arco do poder", estes, vão "afinando os motores" para as Legislativas, esboçando as principais linhas orientadoras dos seus projetos. Mais uma vez desde o 25 de Novembro, a população será confrontada com dois conceitos opostos e inconciliáveis de organização socioeconómica; o socialismo "democrático" em que o Estado tudo controla e do qual todos dependem, e a democracia liberal, centrada no primado da liberdade individual em que cabe ao Estado, eminentemente, o papel de moderador. Como o demonstram os três episódios de resgate ocorridos nesta 3ª República, não há consenso possível entre dois projetos que se anulam mutuamente; Margaret Thatcher dizia ser uma política de convicções e não de consensos!, julgo que tinha a ver com isto e julgo que, desde Sá Carneiro, faltam políticos de convicções à Direita em Portugal.

   Aos cidadãos deve fazer-se perceber que não é tudo igual; não são todos "farinha do mesmo saco"! Em quarenta e um anos de liberdade política, sublinho, liberdade política - Liberdade é muito mais, mas muito mais que isso -, Portugal foi incapaz de definir um projeto económico e social coerente, desbaratando inutilmente demasiados recursos e que é a causa do atual ambiente de "terrorismo" fiscal e económico que é imposto aos cidadãos. A crueldade não é exclusivo dos regimes autoritários ou totalitários e as democracias, por vezes, não passam de meras formalidades constitucionais.

   O PS de António Costa,  perante a inesperada incapacidade de convencer o eleitorado, muito devido ao vazio de ideias demonstradas pelo seu atual Secretário Geral - talvez, também, devido à sua falta de carisma e da  imagem de colagem ao socratismo de que não se livra  -, acaba de revelar as suas propostas, elaboradas por uma equipa de "sábios", certamente daqueles que abundam nas "madrassas" socialistas em que converteram as escolas públicas, em que, no essencial, recupera a tradição socialista que aqui nos trouxe; maior rapidez na reversão dos cortes dos salários na função pública, aumento dos salários reais a troco de redução das pensões futuras, investimento público como motor da economia e agravamento do confisco do património dos cidadãos - agravamento do IMI  e taxação das heranças.

   É a isto afinal que chamam de socialismo democrático; confisco do património de quem trabalha e poupa, para sustentar a insaciável voracidade da administração pública, cativando-lhes, despudoradamente, o voto, em sequência do estado de pré-insolvência, a que o país foi conduzido e  tudo parece justificar. Comparativamente com a tradicional metodologia "revolucionária"  evidenciada no PREC que consistiu no domínio do aparelho de Estado e dos quarteis para impor um regime totalitário ao país, o "socialismo democrático" traduz apenas uma mudança de estilo para o mesmo propósito, como bem definiu Aldus Huxley. Um regime que os subjugados voluntariamente consentem falsamente convencidos da sua soberania.

   É hora de despertar do torpor pseudolibertário que Abril proporcionou!, de dar o salto de maturidade política que privilegie os projetos que, efetivamente, promovam o bem comum, a inclusão, a integração, e nada mais. É hora de cada um pensar pela sua cabeça, em si e nos outros, recusando a demagogia e a manipulação dos diversos poderes de facto que arruinaram o país, indiferentes ao sofrimento que causam aos cidadãos. É hora de penalizar, nas urnas, os charlatães e abrir, sem preconceitos, a mente, a novas propostas! É aqui que se exerce a soberania popular; não a desperdicemos, mais uma vez!

Sou de um clube lutador!

 
 
 

terça-feira, 21 de abril de 2015

Mediterrâneo

   Perante as sucessivas e maciças mortes de africanos no mediterrâneo na desesperada e trágica tentativa de fuga à miséria nos seus países, os líderes europeus revelam-se preocupados com a necessidade de reforçar as patrulhas e perseguir os traficantes de seres humanos! Quanto ao essencial, nem uma palavra! a única forma de combater eficazmente este flagelo consiste na promoção do desenvolvimento económico das regiões de origem dos emigrantes em parceria com os governantes locais. Claro que esta realidade sugere também uma nova discussão sobre o fracasso geral da descolonização de África, seja pela precipitação ou incompetência dos ex-colonizadores, seja pela impreparação ou ganância dos lideres africanos. 

   Seja como for, a acomodação europeia a esta tragédia é mais uma faceta da crueldade dos seus líderes, que está patente, também intramuros, onde as populações do sul emigram para norte à procura da vida que lhes tem sido sonegada nas suas terras num autêntico processo de genocídio económico em curso e sem fim à vista.





Andebol e Voleibol; Allez!

   A equipa de voleibol do Benfica entrou com o pé esquerdo no 1º jogo da final com a Fonte do Bastardo. Esta equipa já demonstrou ter muito valor e mereceu a vitória, mas acredito que os encarnados podem e vão fazer melhor nos próximos jogos. Naturalmente que ficaram afetados física e psicologicamente com a derrota na final da Taça Challenge; mas há que seguir em frente, bateram-se bem, como o reconheceu a generalidade dos adeptos. Mais não pedimos. Para a frente é que é o caminho; respeitar o adversário e pôr cá para fora tudo o que sabem, que não é pouco.
 
   Quanto ao andebol, parece-me evidente que a equipa necessita de um "choque competitivo"; no atual quadro é difícil motivar os atletas. Há que fazer nesta secção o que foi feito nas outras com  enorme sucesso. Competência + competência; da equipa técnica e dos atletas. Um bom guarda-redes é meia equipa, como no hóquei, são precisos dois, três bons lançadores de meia distância e quatro ou cinco velocistas com muito pulmão. Enfim; pronuncie-se quem sabe. Para levar pancada em todos os campeonatos, não!

sábado, 18 de abril de 2015

Próximo, ff!

   Mais um passo em frente rumo à vitória final. A de hoje, normal perante um adversário empenhado que, com o posicionamento dos seus jogadores,  impediu a fluidez de jogo dos encarnados. Com a ala direita remodelada a equipa do Benfica não conseguiu ligar o seu jogo no meio-campo, nem mostrar a brilhante dinâmica que alardeou na jornada anterior. Mais uma vez, não funcionaram regularmente os corredores, diminuindo  a utilidade dos pontas de lança e dando a supremacia no miolo ao Belenenses. Apesar disso, não faltou lucidez para concretizar duas excelentes oportunidades onde Jonas, mais uma vez, mostrou toda a sua categoria; cultura tática, qualidade técnica e serenidade. Muito bem Gaitan, Luisão, Jardel, Samaris, Lima...e Paulo César a negar o golo aos azuis com uma defesa espantosa já ao cair do pano mas que, a verificar-se, nos teria deixado com o credo na boca.
  
   Julgo que é necessário identificar e treinar técnicas de superação deste tipo de oposição, que já se verificou em Paços e nos Arcos; muita gente no miolo, alas reforçadas e muita impetuosidade - Carlos Martins esteve em evidência. Basculamento do jogo no momento certo, recuperação coletiva e transições rápidas, lançamentos para as costas da defesa contrária desde a nossa linha defensiva, mobilidade permanente controlada...enfim, pronunciem-se os técnicos.
 
   Não dei por falhas de arbitragem relevantes, tendo-me parecido que os atletas do Belenenses abusaram das quedas tentando cavar as faltas redentoras.
 
   Agora, concentração máxima para o próximo jogo.

SALVÉ CAMPEÕES!

     
SALVÉ CAMPEÕES

 
 
Uma vitória brilhante sobre o principal e difícil rival garantiram a vitória antecipada da competição. Venha a taça!

Confisco e desumanidade

   Diariamente têm sido noticiados casos absurdos relacionados com as portagens, nos quais, dívidas de cêntimos se convertem em milhares, até dezenas de milhares de euros, graças a uma cadeia de penalizações em progressão geométrica. Ingenuamente, cheguei a pensar tratar-se de qualquer descontrolo informático dos serviços, e que, devido à flagrante injustiça e aos dramas humanos subjacentes, o governo iria tratar de resolver.  Engano!, o Correio da Manhã de hoje explica que, da receita cobrada, 15% são para as concessionárias às quais é devida a portagem, 40% são para o Estado, 35% são para o fisco e 10% são para o Instituto de Mobilidade e Transportes!  
 
   Trata-se, tão só, de um processo de confisco implícito, em que o Governo elabora e faz aprovar leis excecionalmente restritivas e penalizadoras graças ao apoio parlamentar de que disfruta, compelindo ao incumprimento e ao confisco patrimonial do cidadão, a quem não hesita em penhorar bens ainda que essenciais à sua sobrevivência e da respectiva família!

   As necessidades de financiamento da estrutura do Estado estão a destruir a economia do país e as famílias mais frágeis, revelando uma insensibilidade próxima da crueldade. Com este comportamento, o Governo, destrói a confiança de quem lhe reconhece  mérito no ajustamento verificado na balança externa e na descida das taxas de juro, atirando os cidadãos para os braços dos demagogos. De nada vale o progresso se desumano.   
 
O 25 de Abril está de luto!

Questões climáticas

   Último Inverno foi o 3º mais frio dos últimos 15 anos. Nos últimos 18 anos e 4 meses, a temperatura média do planeta tem-se mantido estável.

http://observador.pt/2015/04/18/inverno-terceiro-frio-dos-ultimos-15-anos-portugal/

Uma questão de cultura

  
   Nem sempre as pessoas da cultura são cultas; Francisco José Viegas, um homem da cultura, em matéria de desporto está sempre pronto a calçar o chinelo do ressentimento. Não lhe fica bem!
 

sexta-feira, 17 de abril de 2015

"Júrame" por Alfredo Kraus

Não nos tapem os olhos!

      Não percebo o problema dos Pilotos da TAP; se querem ser donos da empresa, candidatem-se à privatização!

Silêncio!, O Grande Alfredo Kraus!

domingo, 12 de abril de 2015

O "Pinsador" da bola!

   O último Rio Ave-Porto, no qual parece que os jogadores verde-brancos estavam cansados, a equipa com poucas opções, alguns dos seus heróis mostraram pouca inspiração, suscitou-me a seguinte reflexão:
 
      - Quando um clube incentiva, com prémios monetários ou outros, equipas terceiras a conquistarem pontos ao seu principal rival, poderá estar também a comprar facilidades para o seu próprio jogo.
 
      - Quem tem na memória os casos do Apito Dourado e observa o súbito colapso de jogadores com laços históricos ao clube "benemérito" não tem dúvidas.
 
       - As autoridades deviam investigar o assunto sob pena de se descredibilizar este desporto em Portugal, e a sua própria idoneidade.  

O seguinte, ff!

   Digo já que não estou satisfeito; ficaram quatro golos por marcar e não devíamos ter sofrido o "golo de honra" da briosa. Com as substituições a equipa perdeu concentração tática abrindo espaços ao adversário, que, sabendo jogar, aproveitou. E isso não pode acontecer, pois noutro contexto poderia ser fatal. Tal foi o caso do Paços e dos Arcos.
 
   Fora isto, efetivamente, até aos 4-0 foi um festival de bom futebol, remetendo para o fascínio da 1ª época de Jesus no Benfica. O campo todo por nossa conta, bola a rolar ao 1º, 2º toque e a alta velocidade, todos os jogadores em movimento, cruzamentos bem medidos e decisão tecnicamente superior na finalização! Um espetáculo!
 
   Isto na fase ofensiva, que parecia contínua, porque, quando a equipa perdia a bola, era um regalo ver todos os atacantes a descer no terreno para as marcações  até à recuperação da bola! Fantástico!, com Gaitan em grande destaque.
 
   Gostei de Almeida a defesa esquerdo, julgo que foi dele o soberbo cruzamento para o 2º golo (até final do jogo não voltámos a fazer um cruzamento decente!), Jardel surge com agradável frequência na finalização, desta feita abrindo o marcador num excelente cabeceamento a finalizar mais um soberbo cruzamento de Pizzi, Gaitan esteve fabuloso a defender e a atacar, Jonas foi mortífero, Lima molhou a sopa numa GP muito bem assinalada e marcada, Sálvio esteve muito marcado e por isso não foi tão exuberante como habitualmente, Samaris, Pizzi, tiveram oportunidade de mostrar a sua boa meia-distância, Luisão, Máxi, enfim, todos estiveram bem. Regresso auspicioso para Fejsa, com um golo pleno de determinação. Pena que Jonathan não tenha disfrutado de mais alguns minutos para mostrar o que sabe..que parece ser muito. César teve trabalho ingrato; não teve culpa no lance do golo, uma excelente  execução do Rafael Gomes.
 
   Mas. volto a dizer; não devíamos ter sofrido o golo e devíamos ter marcado mais quatro.
 
   A equipa da Académica tem futebol, mas os seus jogadores não atinaram com a montanha-russa dos encarnados. Nem sequer conseguiam dar pau porque quando alcançavam o adversário, a bola já estava noutro lado. Foi comovente ver a emoção de Rafael Gomes após o tento. Compreendo-o e respeito. José Viterbo, que por sinal está a fazer um excelente trabalho, ainda teve presença de espírito para alinhavar umas desculpas patetas.
 
   Da equipa de arbitragem, julgo que nada de relevante há a dizer; notei um fora-de-jogo mal tirado a Lima já na 2ª parte. O penálti não tem discussão.
 
   O estádio esteve fantástico

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Espectador interessado: 18 anos e três meses

Espectador interessado: 18 anos e três meses: Ao longo de toda a sua vida, e sob a capa de "ciência estabelecida" que não admitia heresias, um jovem hoje com dezoito anos foi ...

terça-feira, 7 de abril de 2015

Prosperidade e Liberdade


1- Apesar de se ter verificado a inversão do ciclo económico em Portugal desde o 3º trimestre de 2014, com perspectivas de sustentação no médio prazo, graças, sobretudo, ao "rebocador" americano e ao BCE,infelizmente, o lastro do cepticismo continuará.

2- Dando de barato os efeitos perversos da baixas taxas de juro - fuga de capitais,financiamento em euros de entidades externas, redução de rendimento disponível dos aforradores -, em pleno período de grave contingência económica, assistimos entre incrédulos e revoltados à implacável asfixia burocrática e financeira imposta pelas administrações pública e local às empresas, destruindo-lhes capacidade operacional e recursos financeiros.

3- Por outro lado, os europeus do norte e centro não deixam os seus créditos por mãos alheias, produzindo incessantemente diretivas, regulamentos, acordos externos, etc, tornando num autêntico inferno a atividade empresarial em Portugal.

4- Da sobreposição destes fatores resulta uma clara dinâmica de concentração económica, com aumento de produtividade para os sobreviventes - aumento de intensidade de capital, aumento de salários -, mas com produção de exclusão social e desertificação - devido aos inevitáveis fluxos migratórios da periferia para o norte.

5- Perante a tenebrosa insensibilidade a que diariamente assistimos por parte dos governantes nacionais e europeus, face aos dramas de cidadãos e famílias despojados de trabalho,de haveres, de dignidade e de esperança, pergunto-me se, paradoxalmente, embora, o projeto europeu e nacional, não consiste, como no antigo regime, no governo das elites em seu próprio proveito.

6- E de que serve a prosperidade sem Liberdade?


4R - Quarta República: Aqui chegados...: 6 de abril de 2015, tal como há 4 anos, vésperas de fecho de um ciclo. Neste dia, em 2011, os portugueses eram colocados perante o fim do e...

sábado, 4 de abril de 2015

Venha o próximo!

      Um Benfica avassalador até ao três zero, altura em que alterou o processo de jogo para passivo, suscitando a reação do Nacional, que, praticando um futebol de qualidade, fez o seu golo de honra proporcionando um excelente momento de futebol; remate fulminante de meia-distância, colocadíssimo, indefensável para Júlio César.
 
      De facto, a equipa encarnada ostentou uma dinâmica coletiva, uma qualidade de passe e um sincronismo que baralhou totalmente os adversários, proporcionando três excelentes golos, em especial, o de Jonas - que não é inédito nele -, com poderoso e colocadíssimo remate à entrada da área a passe de Sálvio, inapelável para o guarda-redes adversário. Fantástico! 
 
      Ao contrário dos jogos com o Paços e o Rio Ave, desta vez as alas funcionaram bem, salientando-se a preciosa criatividade de Gaitan, bem como a precisão dos centros que efetuou e que renderam um bonito golo a Lima. Já o primeiro golo resultou de outra qualidade que esteve ausente nos jogos referidos atrás; a capacidade de recuperação coletiva. De facto, desta vez, ao perder a posse da bola, todos os jogadores encarnados recuperavam no terreno pressionando os adversários, para retomar o processo ofensivo interrompido. Foi na sequência de uma destas recuperações, por Gaitan, que num lance repleto de determinação, inteligência e técnica, surgiu o primeiro golo; um pequeno truque de pés de Sálvio retirou o defesa do lance enquanto o inteligente Jonas deu um passo atrás, desmarcando-se, abrindo a linha de passe ao colega e rematando cruzado de primeira. Bonito!, arte em movimento.
 
      Depois, a equipa aliviou a intensidade, processo que não domina, e o Nacional, que sabe jogar, subiu no terreno, meteu gente no meio-campo e no ataque, marcou e ainda suscitou preocupação. Merecem os parabéns os nacionalistas pela postura que tiveram no terreno, com ambição e talento, proporcionando um bom espetáculo de futebol, que é o que os adeptos pretendem e pode salvar o futebol nacional.
 
      Jonas e Gaitan estiveram em destaque, Lisandro fez bem a posição, e Sálvio também esteve bem, apesar de aparecer demasiadas vezes em zonas que não são as suas. Este esteve ainda muito bem num lance, bem na área adversária, em que inventou uma finta daquelas de que gostamos, porque raras e eficazes. 
 
      Julgo que não há nada a apontar a Carlos Xistra. Talvez no lance que referi anteriormente, o defesa do Nacional tenha cometido falta, uma vez que, sentindo-se fora do lance, impediu a progressão de Sálvio empurrando-o no peito com as duas mãos, simulando uma agressão inexistente.
 
      Talisca lesionou-se, espero que sem gravidade, e poderia tê-lo evitado, se não tivesse encetado um lance pateta em que resolve desgastar-se, transportando a bola transversalmente, sem qualquer racionalidade.
 
      Uma curiosidade; o autor do golo do Nacional parece que está emprestado pelo Porto, tal como, salvo erro, é o caso do Ukra, sendo esta uma estratégia corrente do nosso, agora, principal rival, a quem não basta o desempenho da sua equipa no terreno de jogo.
 
      Venha o próximo!
 

Pie Jesu

 
 
 
 
 

Manoel de Oliveira não morreu

      Saber que Manoel de Oliveira andava por aí a fazer cinema, desafiando a eternidade, suscitava-me uma tranquila e silenciosa satisfação, e também esperança. A serena satisfação pelo tremendo respeito, sempre patente, que granjeara no panorama do cinema mundial desde o seu fascinante e perene documentário sobre o rio Douro. A esperança advinha do seu raro empenho em interpretar e difundir episódios marcantes da História de Portugal, como o de Alcácer Quibir. Julgo que, na linha de Camões, Pessoa, Agostinho da Silva, José Gil, Eduardo Lourenço e outros, sentia necessidade de procurar, profundamente, as características e vicissitudes da nação portuguesa, a essência que vem da fundação da nacionalidade e lhe pode dar sentido, num tempo pós-império em que o lugar de Portugal no mundo parece condenado à subalternidade e irrelevância. Não sei se o conseguiu, é um caminho que terei de percorrer como puder, tentando perscrutar e interpretar o seu pensamento. Longe vão os tempos em que tínhamos a secreta satisfação de fazer parte do universo de intelectuais como António Lopes Ribeiro, Pedro Homem de Melo, Vitorino Nemésio, Natália Correia, David Mourão Ferreira e outros, que se preocupavam em dirigir-nos a palavra a partir da nossa TV. E isso fazia-nos bem; hoje parece não haver lugar para estas conversas. E como precisamos delas!

      Mas Oliveira preocupava-se sobremaneira com o cosmos do ser humano, debruçando-se sobre os mecanismos afetivos próximos ou implícitos. O seu génio convocou gente histórica no cinema universal, como Catherine Deneuve, John Malcovich e esse "monstro" de Fellini, do célebre sete e meio, o eterno ator do fascinante cinema italiano, Marcello Mastroianni. E "fabricou" atores que ficarão na história do cinema nacional, dos quais se destacam a Teresa Madruga e Luis Miguel Cintra.

      Compete-nos a nós impedir a morte de Manoel Oliveira, partindo à descoberta da sua obra, à descoberta do homem por detrás dela e do mundo que tentou revelar. Na verdade, não posso deixar de prestar homenagem a seu pai que teve a sabedoria de lhe oferecer o "brinquedo" certo; uma maquinazinha de filmar com a qual Manuel de Oliveira fez a sua obra-prima, demonstrando desde logo as origens da arte.  Por simpatia, recordo Juan Manuel Serrat, que, com seu talento, ganhou lugar de honra na música hispânica, com projeção mundial, graças à guitarra que seu pai, um dia, lhe ofereceu! E aqui está como pequenos gestos, se acompanhados de perspicácia e afecto podem mudar o mundo.

       Estou grato a Manoel de Oliveira e não sinto que tenha morrido. Recordo a ideia que dizia ter da morte; dizia que não tinha medo dela, porque era um descanso.

      Obrigado Manoel de Oliveira
 

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Ciência ou manipulação?

Os modelos matemáticos que servem de base de cálculo das séries de medições de temperatura do planeta usam tantas  e tão subjetivas variáveis que é difícil acreditar nos resultados. Na peça referenciada até parece que se adicionam ou alteram coeficientes com o propósito de atingir resultados pré-definidos.
 
 
"Christy notes, "If you want to say model trends are bolstered, you must remember model trends are all over the map. Which trend is bolstered? Perhaps you want to say those model trends less than 0.2 C per decade are bolstered." Right now the available data sets appear to strengthen the case for arguing that the lower-end model projections for future temperature increases are more likely ones. Christy concludes, "The new warming trend is still well below ideas of dramatic or catastrophic warming."
 
 

Jesus Cristo, Redentor

 
 
JESUS CRISTO REDENTOR
 
 
 
 
Jesus Cristo deu-se em sacrifício, pelos pecados do Homem, restituindo-lhes a inocência, sob a condição do arrependimento e do amor.
 
 
 

quinta-feira, 2 de abril de 2015

A Terra está mais verde!

Despite Decades Of Deforestation, The Earth Is Getting Greener | IFLScience

Tonta Europa



      Depois de fechar milhares de empresas e criar milhares de desempregados  graças aos eqívocos do Sr Trichet, aos seus regulamentos execráveis, aos seus fundamentalismos persecutórios, a sua ânsia de controle total de tudo e todos, os Grandes Lideres da União Europeia decidiram, mais uma vez, derramar sobre os bárbaros do sul os preciosos euros que, com tanta "sabedoria", lhes extorquiram. Desta vez, meteram as câmaras municipais no circuito, insaciáveis sorvedouros de dinheiros públicos e privados, confiscadoras de patrimónios e almas; conscientes do esgotamento fiscal dos cidadãos, encontraram "arte" de lhes ser entregue a gestão dos processos de financiamento. Claro está que "metade" dos recursos serão absorvidos pelos encargos com licenças e as mais variadas taxas camarárias e a outra metade será entregue às "tribos" locais, ficando o "zé batata" a ver navios, ou com mais uma "canga" ao pescoço, como sempre.
 
     Surgirão n empresas a custo zero que por sua vez irão fazer concorrência desleal a outras tantas, muitas das quais terão que fechar portas por perda de competitividade induzida por via administrativa pela União Europeia. Troca-se emprego por emprego; entram uns saem outros. Que é feito da livre concorrência?, da igualdade de oportunidades?, da abolição dos abusos de posição dominante?, enfim, dos princípios fundadores da doutrina democrática?
 
      Que interesse tem fundar empresas sem economia que as sustente?, com que descaramento se convencem pessoas a encetar a aventura do empreendedorismo para depois ficarem sós perante a falta de procura interna, a falta de liquidez do mercado e à mercê das câmaras municipais, das ASAES, das APAS, dos INCIS, das ADENES, das ATS, das ACTS, das SS, das EMEIS, dos CENTERMES, dos CERTIFES e toda essa parafernália, de instituições que, "velando" pelo nosso futuro, garantem para si perpétuas rendas, à custa do trabalho e sofrimento perpétuo dos tutelados.
 
      A União Europeia tem um problema com a liberdade das pessoas, que restringe ao voto, ainda assim de forma condicionada, uma vez que o eleitor vota em quem os partidos e governos escolhem e não em quem gostaria. Cultiva a dependência pela via dos subsídios, destruindo a iniciativa individual e coletiva, cultivando, implicitamente, a passividade; "comprando" em simultâneo o silêncio das elites, entregando-lhes o controlo dos súbditos do novo império, a troco de dinheiro e poder.
 
      Os empregos que interessam são os sustentáveis, que materializam os sonhos de cada um à escala de cada qual; o fascínio donde brota a alegria de viver que é a seiva de uma nação próspera. Para isso é preciso "sair de cima", simplificar o acesso às profissões acabando com sistemas de certificação injustificados e inadequados; desburocratizar as administrações pública e local, acabar com taxas, taxinhas e licençazinhas por tudo e por nada, que, afinal, se destinam, essencialmente, a financiar esses monstros em estado de penúria permanente. 


      É preciso deixar ficar o dinheiro na economia, para que, quem teve o talento de o ganhar tenha a possibilidade de o reinvestir criando mais riqueza e emprego. Mas...é demais para a UE que não suporta a liberdade económica e impõe os seus próprios circuitos a fim de manter o poder sobre as populações, constituindo, afinal, uma subtil, mas por vezes brutal, forma de ditadura.
 
      Nesta altura do campeonato não há meio termo; ou a UE avança para a união política, fiscal e judicial e os europeus do norte vêm cá estabelecer as suas empresas e dar empregos ou subsídios a todos, acabando-se de vez com as soberanias nacionais, ou há uma regressão no processo para a figura da confederação, que é o que defendo.
 
      Então andam há décadas a promover a concentração económica, a cometer genocídio empresarial e social "para acabar com as empresas de vão de escada", para aumentar a produtividade e os salários fazendo a vontade ao Sr. Carvalho da Silva, finalmente em silêncio cúmplice, e agora incentivam o "próprio emprego"?, as empresas de "vão de escada" cujas congéneres, antes, eliminaram? 
 
      Acreditam que as novas empresas trarão uma dinâmica acordo com a teoria tradicional dos ciclos empresariais, impulsionando a economia por uma geração ou duas, mas, afinal, revelam ignorar o moderno conceito das sinergias empresariais, que revertem o ciclo tradicional. Por outro lado, perde-se conhecimento, destrói-se capital e desacreditam-se os princípios fundadores da CEE e UE. O sonho europeu é uma hipócrita miragem.

 
      Não vamos longe com esta gente!