Desporto

domingo, 21 de setembro de 2014

MARIA EMÍLIA FERREIRA - "Fado do Aljube"

O "fado do Aljube", gravado em 1929 por Maria Emília Ferreira, tal como o "Fado Abandono", da autoria de David Mourão Ferreira, cantado por Amália e que ficou conhecido pelo "Fado de Peniche", e alguns do Tristão como os "Lobos da Serra", desmentem a concepção fatalista, conformista, retrógrado e colaboracionista do fado, que  predomina na sociedade portuguesa, omitindo-se, por ignorância ou conveniência, as suas facetas satírica, humorística e denúncia sociopolítica.   Tal serve os propósitos dos revisionistas da cultura, também designados por progressistas, na sua sistemática sanha demolidora da identidade cultural dos portugueses, afim de, então, erigirem os alicerces culturais do "homem novo" compulsivo criador dos paraísos na Terra. Pelo Fado pode chegar-se ao Povo; conhecer os seus temores, as suas angústias, os seus amores e as suas esperanças. Para muitos, o fado é uma espécie de oração, um caminho para o além, este, afinal, objeto de poetas, filósofos ou simples místicos. O Fado, indelével característica identitária portuguesa, deve ser conhecido, enriquecido, partilhado e não ignorado. O Fado do Aljube, com os meus agradecimentos a Tia Macheta.
 
 
                       

Benfica-Moreirense (3-1)

   Um Moreirense pressionando alto e próximo, com grande disponibilidade física e muita gente no meio-campo, boa movimentação, entreajuda e racionalidade, cedo se adiantou no marcador com um belo golo que gelou o estádio, sobretudo pela pastosidade do jogo do Benfica. Efetivamente, a lentidão e défice físico marcaram toda a primeira parte dos encarnados deixando no ar a ideia de quase impossibilidade de darem a volta ao resultado. Assim não aconteceu, graças à maior dinâmica do segundo tempo, já anunciada com a troca de Samaris por Derley ainda na 1ª parte, ao esforço de rotura de Talisca causador da expulsão de Marcelo e à "bomba" de Eliseu, que assim se redimiu da falha de marcação no golo adversário.
   O Moreirense impedia a construção dos jogadores do Benfica, não lhes concedendo espaço para dominar a bola nem tempo para pensar o jogo, disputando os lances quase sempre em superioridade numérica. Pareceu-me que os encarnados acusaram desgaste físico e talvez mental em consequência do exigente jogo com o Zenit. Após o empate, com a entrada de Ola John, aumentou a fluência e criatividade do jogo ofensivo, com as oportunidades a sucederem-se frente a uma defesa que procurava bravamente segurar o resultado. Execução primorosa de Lima na grande-penalidade, quebrando o enguiço, e precioso o "feroz" e oportuno remate do combativo Max, a bater Marafona sem apelo nem agravo.
   Resultado justo e nota positiva para a equipa do Moreirense, fiel à sua própria tradição, com ressalva de eventual antijogo de Marafona. Está de parabéns o Treinador Miguel Leal quer pela qualidade da sua equipa, quer pela serenidade e clareza do seu discurso.
   Julgo que a equipa de arbitragem esteve bem, excepto ao assinalar a grande-penalidade para o Benfica por ausência de contacto e ao deixar sem castigo máximo um corte com a mão de um defesa da equipa de Moreira de Cónegos impedindo o golo encarnado que seria, salvo erro, do empate.

O Vira Minhoto muito bem Dançado! (via Minho em Festa)

Se Deus existe, não deve andar longe desta gente, cuja alegria brota da Terra e, ou, do Céu, e não nas lucubrações sombrias dos intelectuais aspirantes a deuses alternativos ou na solidão dos templos sumptuários.