Desporto

sábado, 31 de maio de 2014

Benfica 2014/2015 está lançado


      As recentes entrevistas de Luís Filipe Vieira e Jorge Jesus à RTP 1 e à Benfica TV, foram oportunas; acabaram com a espiral especulativa jornalística e tranquilizaram jogadores e adeptos, apesar de se esperarem saídas de relevo do plantel. Com a serenidade propiciada pelas recentes vitórias, do discurso de ambos transpareceu a convicção da necessidade de  lhes dar sequência, como condição de afirmação dos seus projetos pessoais e de consolidação da ascensão desportiva do Benfica nos panorama interno e externo. Ficou claro algo que parecia óbvio; a intenção de voltar a ganhar o campeonato, com muita ambição na Liga dos Campeões no horizonte próximo.  Percebe-se que há uma grande confiança no modelo desportivo em curso, envolvendo os jogadores disponíveis, a criatividade do treinador e a capacidade de recrutamento eficaz do clube. É esta última vertente que carece de confirmação. Efetivamente, não pode ter grandes aspirações um clube que anda anos para preencher eficazmente uma posição na equipa, seja de guarda-redes, de defesa esquerdo, de médio, de avançado ou outra qualquer, como tem acontecido. Com a inevitável saída dos bons jogadores, só com grande perspicácia, talento e sorte se poderão manter altas as expectativas, sobretudo externas.
      Os projetos de desenvolvimento do clube continuam a suceder-se notavelmente; expansão da Benfica TV, continuidade da transmissão dos jogos do clube, expansão do número de associados, construção do lar do atleta, criação da rádio Benfica, enfim, uma dinâmica contagiante  do universo vermelho. Interessante a posição de expectativa relativamente às candidaturas à Liga de Clubes, um dos tradicionais bastiões do sistema agora posto em causa por Mário Figueiredo, quanto a mim, o candidato ideal; pelo projeto e pela determinação. Contrariamente a Filipe Vieira, não acredito em consensos no futebol, pelo menos, enquanto Pinto da Costa estiver no ativo. "Estamos disponíveis para ouvir e depois vamos votar", disse. Interessante. Porém, não me agrada o velho discurso de gratidão relativamente a Joaquim Oliveira. Discordo. Oliveira faz parte do processo que levou o Benfica à indigência, aparecendo depois como salvador, pela mão de Vilarinho e Vieira, comprando os direitos desportivos do clube por meia dúzia de tostões, garantindo dessa forma vantagem decisiva do rival do Porto. Nada deve o Benfica a Oliveira. Pelo contrário; muito deve, este, ao Benfica, sem o qual não teria obtido o progresso que teve nesta última década. Mais; gostaria de ver Oliveira, e já agora, o BES, fora do capital da SAD do clube. Permitir a raposa no galinheiro dá mau resultado...como se tem visto. Relativamente à UEFA que parece ao serviço dos clubes dominantes, e que impediu, implicitamente, o Benfica de ganhar a Liga Europa este ano, gostaria de ver por parte do Presidente do clube, uma posição mais enérgica e não os paninhos quentes com que se tem referido ao assunto. Quem tem razão não tem medo. E não é necessário ofender ninguém.
      A posição de Jorge Jesus ao preferir manter-se no Benfica apesar das boas propostas que recebeu, enobrece-o e fortalece a estrutura do clube revelando acreditar no projeto comum e, sobretudo, coragem de enfrentar o sistema, algo que Mourinho, recusou fazer, optando por se lhe juntar. Jorge Jesus quer ganhar um título europeu no Benfica, isso é claro. E é possível. Já o demonstrou.
      Sairão Garay, Siqueira, André Gomes e Rodrigo, pelo menos. Da resposta a esta sangria dependerá o sucesso da próxima época. Já agora, e do sucesso ou insucesso das manobras de bastidores em curso do diretório do sistema azul.
      As próximas semanas serão decisivas, sabendo nós que tentarão levar-nos os melhores atletas e impedir-nos de contratar substitutos de qualidade equivalente. É aqui que começa a desenhar-se a sorte do campeonato.
Olho vivo e pé ligeiro!

PS1: Gostei da referência de Jorge Jesus às suas humildes origens, de miúdo simples dos subúrbios de Lisboa onde se usava - usa - um linguarejar despretensioso e eficaz característico das pessoas genuínas e pobres. Os idiotas que procuram ridiculariza-lo pelas suas habituais calinadas gramaticais, fazem-no para atingir o Benfica, corroídos pelo despeito, expondo-se ao ridículo público. Na verdade, para ser respeitado, Jorge Jesus não precisa de aprender a falar correctamente, como os hipócritas, precisa sim, de ganhar mantendo-se autêntico. Nessa altura, quem agora o ridiculariza, passará a achar-lhe graça.

PS2: O local da entrevista concedida por LFV à A1, foi muito bem escolhido; no museu do Benfica, entre muitos e variados troféus, sob pavimento vermelho e tons escuros, que ajudou a manter o entrevistador respeitoso.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Espectador interessado: Reflexão a-ante-após-até-com-contra-de-desde-em-en...

Espectador interessado: Reflexão a-ante-após-até-com-contra-de-desde-em-en...: Um belíssimo texto do Prof. José Manuel Moreira cuja relevância surgirá a muitos, hoje, 2ª feira, de modo ainda mais vincado do que quando ...

sábado, 24 de maio de 2014

O medo e o jogo de bastidores

O medo é comum aos covardes e aos valentes; leva os primeiros recuar perante a possibilidade do fracasso, preferindo manter a dúvida da sua real valia e da do vencedor, e os segundos a avançar, superando-se, determinados a vencer ou honrar o vencedor.
 
Um dos populares jornais diários de hoje refere o empenho de Pinto da Costa em afastar Jorge Jesus do Benfica, tendo recorrido aos bons serviços do Jorge Mendes, o empresário que, cada vez mais, parece controlar o futebol português e espanhol. Pelos vistos não conseguiu os seus intentos, já que, segundo o mesmo diário e outros seus congéneres, depois do Benfica, poucos clubes são suscetíveis de interessar a Jorge Jesus, apesar das promessas de faraónicos salários. De facto, "nem só de pão vive o homem" diz o velho adágio que o popular treinador parece valorizar. Muitos, preferem o prestígio ao dinheiro, sendo aquele tanto maior quanto maiores as dificuldades inerentes. É a superação leal destas que confere prestígio, e nada mais.  E há ainda muitas adversidades a superar no clube. O ciclo de Jorge Jesus no Benfica só ficará concluído com uma grande vitória na Europa, e essa vitória é a Liga dos Campeões. O Benfica cresceu com Jorge Jesus e este cresceu com o Benfica; mas há ainda um percurso a fazer para o clube ascender a este patamar. O processo está em marcha e tem de continuar. Jorge Jesus tem demonstrado capacidade para evoluir e por isso merece continuar a desenvolver o seu projeto. Um projeto que desafia as estruturas do clube a caminhar na fascinante senda do espetáculo e da eficácia.
 
Enfraquecer o adversário é um dos recorrentes expedientes das Direções de Pinto da Costa para o sucesso do seu clube. Os exemplos são muitos, alguns deles causadores de graves "amargos de boca" ao Benfica, nem todos eticamente defensáveis. O "ataque" a Jorge Jesus aconteceu logo após a sua primeira temporada no Benfica - constou ter-lhe sido disputado, quando ainda no Braga. De facto, é fácil entender o pânico das hostes azuis perante o futebol avassalador da equipa do Benfica nessa temporada em que nenhuma das muitas estrambólicas armadilhas foi capaz de travar a equipa. O "ataque", porém, parece ter surtido efeito já que transpareceu uma quebra de confiança no grupo de trabalho e nos adeptos, com reflexos nos resultados na época seguinte. Ninguém sabia ao certo de que lado estava o Treinador, censurando os adeptos a imposição por parte deste, de inusitado aumento salarial. Astuto, Pinto da Costa alimentou sempre esta dúvida com o propósito de abalar a confiança do oponente, sem a qual o projeto não vingaria, colocando Filipe Vieira entre a espada e a parede; de um lado os adeptos a pedirem a cabeça do treinador, do outro a necessidade de estabilidade do clube. Aguentou o Presidente, arriscou e ganhou, trilhando, quase solitariamente, um caminho atribulado que o poderia ter conduzido ao abismo.  O mundo é dos ousados. Com esta decisão, quer Jorge Jesus quer Filipe Vieira dobraram a "taprobana" olhando agora de frente os novos oceanos que ainda há bem pouco pareciam inatingíveis.
 
Quanto a Pinto da Costa, apesar da sua longa experiência e da acumulação de vitórias, parece não ter percebido o essencial da vida; o respeito dos outros! Não merece ser respeitado quem fragiliza os adversários para os superar -estratégia que tem sido preponderante no seu longo e fastidioso consulado - mas superando-o, lealmente, quando está na máxima força. As vitórias forjadas suscitam hipocrisia e medo e não respeito e por isso provocam insaciedade.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Obrigado Benfica!

Pelos troféus conquistados, pelo seu ineditismo e pela qualidade competitiva demonstrada ao longo de uma extensa época, quase épica. Uma época marcada pela frustração dos resultados da anterior que, estou certo, acabou por fortalecer o carácter e a união de todo o grupo, base do sucesso da época que agora findou. E é assim o Benfica; sempre pronto a erguer-se, fortalecer-se e a lutar pelas vitórias. Sem batota, com alegria, talento, magia; aquela magia que a todos contagia...até os adversários; sem vingança nem ressentimento. Faltou a taça da Liga Europa?. .faltou!, mas não por falta de mérito. Sim, por demérito de uma organização, a UEFA, incapaz de garantir a competência do serviço de arbitragem dos jogos, desculpando-se continuada e estupidamente com a inevitabilidade do erro humano, ignorando olimpicamente o esforço humano e financeiro de clubes honestos que legitimamente aspiram à vitória. Ignorando que, com a sua incompetência, complacência ou cumplicidade, contribui para o inevitável declínio do futebol.


 
Obrigado Benfica!

sábado, 17 de maio de 2014

Gigliola Cinquetti - Il Condor (El condor pasa)

 
 
 
 
 
                      

Uma nação quase milenar não merece enxovalhos; nem externos nem internos.

 
 
 
 
                         

Libertação ou capitulação?

Antes, era a guerra colonial e a repressão política, depois, veio a guerra social e a repressão económica.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

A história de um Roubo ao Benfica na imprensa Espanhola... (in EDB)

 
 
 
                         

Socialismo a todo o vapor!

Chegou a fatura anual de renovação e atualização do SAGE - programa informático imposto às empresas pelo Estado para as vigiar em toda a plenitude - €471,00+IVA! A juntar ao custo de aquisição, de cerca de €2000,00! Uma festa! Deve ser a isto que chamam socialismo democrático!, talvez seja preferível o socialismo puro e duro!

Parabéns Benfica!

Dececionado pelo desfecho mas não pelo jogo. Esteve bem a equipa técnica apresentando uma formação competitiva apesar do plantel dizimado pelas incidências da eliminatória anterior com a Juventus. Teve, o Benfica, ocasiões suficientes para marcar e ganhar no tempo regulamentar, tal não aconteceu muito por mérito do adversário que defendeu esplendidamente nunca desistindo os seus jogadores de disputar os lances mesmo quando pareciam irremediavelmente batidos. Mas também por incompetência da equipa de arbitragem, pelo primarismo de vários erros capitais, cometidos quer no decurso da partida - pelo menos duas grandes penalidades e outras tantas expulsões não assinaladas -, quer no desempate por grandes penalidades. Três juízes corretamente posicionados, atentos, verificando simultaneamente o posicionamento e movimentação do guarda-redes e nenhum assinala as irregularidades cometidas por Beto que lhe permitiram defender os remates de Cardozo e Rodrigo? Custa a engolir! Mas percebe-se! A UEFA está na fogueira da suspeição, por tudo o que se passou antes e durante o jogo com a Juventus e antes e no decurso deste jogo; anda por lá muita gente influente ligada ao FCP! Perdeu o Benfica, mas também o futebol. 
Em frente; há outra final para disputar!

sábado, 10 de maio de 2014

Porto-Benfica (2-1)

E tudo acabou em bem; o Porto salvou a honra e o Benfica saiu incólume. O empate seria o resultado mais justo; pelo andamento da partida, pela injustiça do 2º golo do Porto e pelas oportunidades criadas pelo Benfica, uma das quais ao cair do pano em que o avançado vermelho, surpreendentemente, com a baliza a cerca de três metros, preferiu passar para a zona frontal, "entregando" a bola ao defesa, em vez de rematar. Gostei das opções técnicas de Jorge Jesus, premiando os atletas menos utilizados do plantel principal e incentivando os jovens da formação secundária. Censura merecem Danilo e Alex Sandro pelo mau perder que se revelou no jogo violento que praticaram de que poderia ter resultado lesões graves para Enzo, Markovic e Sálvio. Para quê? Deveriam ter sido expulsos. Mas gostei de ver o empenho do Porto em ganhar à quase equipa B do Benfica, que, por sinal, nem lhes ficou atrás em termos de futebol jogado.
 
Cá para mim, a vitória do Benfica neste campeonato tem, muito, a mão invisível de Eusébio.
 
Há que manter a concentração nas finais a disputar.
 
Obrigado Eusébio,
 
Viva o Benfica!

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Da produtividade

Diz Luciano Amaral – no seu excelente livro publicado pela Fundação FMS (Francisco Manuel dos Santos) -, que a baixa produtividade da economia portuguesa se deve à baixa intensidade de capital. Já João César das Neves atribui tal, à imoderação salarial - nos setores dos bens não transacionáveis. De acordo em ambos os casos. Ora, as empresas portuguesas não conseguem acumular capital devido à insaciedade fiscal do Estado; um sorvedouro de recursos especializado no seu esbanjamento. Veja-se o caso dos pagamentos por conta, nada mais nada menos que a antecipação de receitas sobre presunção de lucros. A ponto de os anos bons provocarem o pânico nos empresários pela incerteza relativamente ao ano seguinte, no que a receitas diz respeito. Chegamos ao absurdo de se oferecerem condições especiais a investidores estrangeiros, demolindo o princípio constitucional da igualdade de oportunidades! Quanto à imoderação salarial, é um facto indesmentível, na esfera pública, devido ao tremendo poder das respetivas corporações; os substitutos modernos do tradicional operariado socialista. Ironicamente, são essas mesmas corporações que menos sofrem com a austeridade pelas mesmíssimas razões. Os salários deverão corresponder ao que a respectiva economia pode pagar; o ajustamento ocorrerá sempre…e está a ocorrer em Portugal. Mas…os custos de contexto!…essa maldita e compulsiva burocracia que vai arrasando as empresas e destruindo a motivação dos empresários, sucessivamente forçados a alocar recursos de produção ao atendimento das exigências da Administração Pública. Veja-se o caso das guias; é um bom exemplo, mas há muito mais; a imaginação dos dirigentes públicos parece não ter fim, tal como a insensatez e a insensibilidade.
Reduzida dimensão do parque empresarial, baixo nível tecnológico da oferta geral, baixa qualificação técnica dos trabalhadores e de muitos empresários, são outras das causas estruturais. Elegeu, José Sócrates,  o choque tecnológico, como desígnio do seu primeiro governo. Tinha razão mas não o soube fazer; em vez de convocar os especialistas e investidores para identificar os caminhos do futuro e articular estratégias para os alcançar, o que fez?, pois foi!, caiu em cima das empresas e dos trabalhadores impondo formação profissional e certificações a torto e a direito, raramente indutoras de valor, desviando, também aqui, recursos de capital e de produção, para, mais uma vez, sustentar a crescente economia parasita da formação - salvo excepções.
E estamos nisto!, vai ganhando consistência a ideia, sustentada por continuadas experiências pessoais que os governantes nacionais e europeus desistiram das nossas empresas e tratam de as exterminar, impondo sucessivas e crescentes dificuldades, com os mais variados propósitos, hipocritamente anunciados e fundamentados - um deles a concentração empresarial por via administrativa. Um atropelo aos princípios constitucionais em nome de utopias totalitárias. Uma sociedade que mata a capacidade de sonhar e lutar dos seus membros está condenada ao fracasso. Chame-se Portugal ou União Europeia.

http://oinsurgente.org/2014/05/07/sobre-a-produtividade-dos-trabalhadores-portugueses/

Parabéns e venha a próxima!

Teve que sofrer, o Benfica, para levar de vencida o Rio Ave, que entrou muito forte, tentando surpreender com um golo madrugador, para de seguida montar o taipal na baliza. Tal esteve prestes a acontecer, não fora a magnifica defesa de Oblak, a desviar com a ponta dos dedos um mortífero remate cruzado. Foi difícil a luta do meio-campo, com deficiente posicionamento dos encarnados perante a teia bem agressiva e veloz do adversário, sendo visível alguma ansiedade daqueles em demasiados passes falhados e défice de sincronismo. Enfim, após alguns sustos, e muito porfiar, lá chegou o golo tranquilizador graças ao povoamento da área adversária e à preciosa rapidez de execução de Rodrigo. Já na 2ª parte, os acertos táticos introduzidos, manietaram os verde-brancos que não voltaram a criar ocasiões de finalização, apesar do muito empenho que mantiveram até final. Temia-se porém que, num lance furtuito ou de bola parada, surgisse o empate, temor que se apaziguou com o excelente golo de Luisão, a arrumar a contenda.  Oblack, Luisão, Rodrigo e Lima estiveram soberbos, os restantes, bem.
 A equipa de arbitragem esteve quase bem; julgo que mal no capítulo disciplinar.
 
Parabéns e venha a próxima.

domingo, 4 de maio de 2014

O Golo de Pirro!

Esta poderá vir a ser uma época histórica para o Benfica, não só no futebol sénior. Nas três finais em disputa é possível a vitória desde que o Benfica respeite o adversário, controle a euforia e a equipa ponha no terreno de jogo tudo o que de bom sabe fazer, independentemente de quem seja titular. Sim, poderá ser uma época histórica; à maior qualidade técnico-tática da equipa - maior capacidade de recuperação da bola, maior capacidade de circulação da mesma, maior versatilidade ofensiva e maior capacidade de gestão do jogo e do esforço -, juntou-se uma determinação inaudita entre atletas e técnicos num clima de inquebrantável união que, não poucas vezes, tem sido decisiva na superação das muitas dificuldades com que se têm deparado, a maior das quais ocorrida na recente semifinal com a Juventus, sucedendo aos sucessivos "azares" ocorridos nos últimos jogos com o Porto. De tal sorte que parece claro ter ocorrido uma qualquer espécie de pacto entre todos para a presente época, na sequência dos frustrantes desaires da época anterior, com destaque para a derrota no Dragão graças ao golo de Kevin já nos derradeiros instantes da partida, que, literalmente, fez ajoelhar Jesus, em justificado desalento. Rejubilaram as hostes azuis perante tão inesperado desfecho, e, tal foi o júbilo, que, na réplica ao museu do Benfica erigida pela Direção do clube, consta que foi dedicado nobre e notável espaço ao golo redentor, o Espaço Kevin, na sôfrega tentativa de perpetuação do feito contra o arquirrival, afinal, a razão de ser, primeira e última, da sua acção. Mas pode ter sido esse o momento do alegado pacto de união entre Dirigentes, Técnicos e Atletas do Benfica para a presente época, como tal, permitindo atribuir ao "Espaço Kevin", a designação alternativa de "Golo de Pirro", na medida em que poderá ter despoletado o princípio do fim do ciclo de domínio portista do futebol e o desfecho cinzento do "reinado" de Pinto da Costa. Fica sempre bem reconhecê-lo, ainda que numa espécie de êxtase premonitório.
 
Boa sorte Benfica!

sexta-feira, 2 de maio de 2014

É o Benfica, Pirlo!

Estes jogadores são dignos da história do Benfica; mostraram a competência e determinação próprias dos que querem ganhar com honra. Disso têm dado sobeja demonstração na presente temporada. Por isso acreditei, apesar da UEFA, de Platini, de Maradona e de Pilro. Subestimar o Benfica é um erro que se paga caro. Como se temia, lá acabaram por expulsar Enzo. Acabámos o jogo estoicamente, com nove jogadores, um deles lesionado. Se pode haver heroismo no futebol, ele esteve neste jogo. Foram fantásticos. Está de volta o velho Benfica. Há claramente um pacto de união entre todos. Um grande abraço a todos Jogadores Técnicos e Dirigentes.
 
A Juve praticou o futebol que se esperava; de primeira água, em todo o campo, com precisos passes longuíssimos, recepções imaculadas, muita entreajuda, excelente técnica individual e algum jogo sujo. Um futebol envolvente que, apesar de virtuoso, se mostrou incapaz de bater a bem organizada talentosa e destemida equipa do Benfica. Tinham, os bianco-nero, razão para ter medo. Respondeu o Benfica pressionando alto, com amplitude, dificultando o acesso do adversário à zona de finalização, saindo para o contra-ataque sempre que possível. Rodrigo esteve prestes a marcar por duas vezes. Com a expulsão de Enzo, a equipa recuou cerrando fileiras, tendo-se batido todos com denodo. Ficaram na retina as fulgurantes arrancadas de Siqueira, Markovic, Rodrigo, Lima, a segurança de Oblack, a eficácia de Luisão e Garay, a inteligência e entrega de Amorim, etc. Fantástico o trabalho defensivo de Markovic, auxiliando Máxi que dela bem precisou por várias vezes. Ninguém de boa-fé reprovará a concentração defensiva da equipa do Benfica, que, sempre que pôde, visou a baliza adversária. Compreendemos o desalento mas, não tem razão Conte; para ganhar não basta saber circular a bola; é preciso marcar. Por outro lado, defender, além de fazer parte da arte do futebol é também, apanágio das grandes equipas. E quem muito chorou foi a Juventus apressando-se a fazer queixinha de Enzo Pérez à UEFA, agora dirigida por um seu ex-atleta. Tenha decoro senhor Conte. É o Benfica quem tem razões de queixa; pela expulsão de Enzo, pela tolerância ao jogo violento dos italianos, pela intolerância aos atletas do Benfica. Julgo mesmo que ficou uma grande penalidade por assinalar, cometida sobre Markovic, quando este, já na área, após uma cavalgada de 50 metros, foi derrubado pelo defesa contrário, já batido.
 
Temos mais três baixas para a final com o Sevilha, mas...como diz Jesus; jogará o manel...ou manéis.

Vamos a eles Bravos.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Eles têm cagufa!

Fica mal à Juventus tentar a exclusão de Enzo Perez do jogo de logo à noite. Tal como o Benfica, é um dos clubes que construíram a fascinante história do futebol, os quais têm a responsabilidade de cultivar a  boa arte proporcionando belos espetáculos, num clima de grande competitividade mas também de lealdade. Mostrar como como deve ser feito; talento, emoção, luta e respeito. A Juve, velho "companhon de route" que nos habituámos a respeitar, desmereceu-nos. Tanto mais que, no mesmo jogo, lhes foi perdoada uma grande penalidade que nos teria dado a possibilidade de fazer o 2-0 deixando a eliminatória quase resolvida. O caso é que têm medo de nós!, têm "cagufa", como dizíamos em miúdos dos que se furtavam à luta com desculpas pífias. Compreendemos; a equipa do Benfica desta época pratica um futebol de maior qualidade relativamente à anterior e Enzo infunde-lhes respeito...mas...as grandes equipas sabem conviver com o mérito do adversário. Esta Juve, à semelhança do que por cá o Porto pratica, prefere inferiorizar o adversário antes ou durante o jogo a enfrentá-lo na máxima força, olhos nos olhos, afirmando a sua superioridade competitiva. É próprio dos pequenos que querem ser grandes à força; ora a Juve é um grande clube!, e um paradoxo! Compreendemos, agora melhor, as atribulações que tem protagonizado no futebol italiano, indignas do seu passado de grande clube europeu.
 
Agiu mal  UEFA ao decidir apreciar a queixa atribuindo-lhe uma urgência  inabitual, contribuindo mais uma vez para, junto dos adeptos, consolidar a ideia de que padece de parcialidade, deixando-se influenciar por certos clubes. Infelizmente, este, não é caso único. Algo vai mal no reino do futebol; é uma conclusão evidente para o adepto comum.
 
Importante é que a equipa não se deixe influenciar por este episódio, mantenha a concentração, a determinação e...a descontração, respeitando o adversários, sim, mas, não mais que o necessário.
 
PS: Agrada-me ver Nuno Gomes na estrutura do clube em sua representação em eventos vários, nomeadamente de âmbito internacional. Trata-se de uma pessoa por quem tenho grande respeito, seja pelo seu passado de atleta de eleição ao serviço do Benfica, seja pela correção que sempre demonstrou dentro e fora do campo. Felicidades para ele.