Desporto

domingo, 1 de dezembro de 2013

Rio Ave-Benfica 1-3

Mais uma vitória, numa exibição sóbria e eficaz onde Rodrigo se afirmou e Lima se reencontrou. Atingimos o topo e agora há que manter o rumo com humildade, inteligência e determinação. O regresso dos lesionados tornarão a equipa cada vez mais forte. Porém, "o sistema" continua a "carburar" como se viu no jogo Académica-Porto e nos Bês Benfica-Porto. Esta gente continua a pensar que manda no futebol nacional, mas...parece que algo está a mudar; a deslocação a Coimbra deveria ter sido mais um passeio, enquanto o jogo anterior, com o Nacional, deveria ter sido uma festa. Oxalá que sim, para bem do futebol Português.

A equipa do Rio-Ave posicionou-se muito bem no terreno, marcando o portador e  o receptor com muita agressividade, trocando bem a bola e explorando as alas, disputando o jogo em todo o terreno. Apesar dos escassos remates à baliza contrária, este modelo valeu-lhe o golo do empate após descompensação da defesa do Benfica, insuficiente porém, face à imediata resposta contrária.

Sem Cardozo, receava a irrelevância ofensiva da equipa, apesar dos três tentos ao Anderlecht. Felizmente enganei-me; Rodrigo e Lima protagonizaram interessantes movimentações que renderam dois preciosos golos, o primeiro e o terceiro, este evidenciando uma dinâmica notável. Já o segundo, resultou da execução primorosa de Lima, de um livre  a uns 20/25 m descaído à esquerda; um lance onde se já se tinha revelado exímio em outras ocasiões.

Pareceu-me que Lima assumiu a responsabilidade ofensiva. De qualquer modo, a equipa necessita urgentemente de variantes ao modelo ofensivo corrente e tal não acontecerá se não forem testadas em competição. A mobilidade de Lima e Rodrigo, seja em profundidade, seja em amplitude, associada ao poder de fogo de ambos, aumenta a incerteza e o receio das defesas contrárias. Se acrescentarmos Markovik à fórmula, consolidadas as dinâmicas e assegurado o pragmatismo, teremos uma frente de ataque temível para qualquer adversário.

Enzo é fantástico; incansável, entrega-se totalmente ao jogo, tal como Matic e Fejsa; contudo, falta criatividade e fluidez ao meio-campo. Gostei de ver as longas sequências de passes, já com o resultado feito; algo que deverá ser melhorado e consolidado, numa perspectiva de racionalização de esforço, imprescindível, dadas as exigências das provas em curso.

As sucessivas lesões dos laterais esquerdos são muito preocupantes!, até parece bruxedo; cruzes canhoto! André Almeida vai fazendo, com brio, a posição; apesar disso, necessitamos urgentemente de estabilizar o lugar. O golo sofrido poderia ter sido fatal e deveu-se a uma descompensação defensiva que não pode ocorrer numa equipa com as aspirações do Benfica.

Contudo estão todos de parabéns; quanto a mim, prefiro exibições sóbrias com vitórias, às exuberantes com derrotas.

Os nossos Bês ganharam concludentemente ao Porto, com três magnificos golos - dois deles na sequência de cantos executados primorosamente por Urreta - e o terceiro na sequência de um tremendo sprint de 4o m de Helder Costa, concluido com um tremendo remate ao 1º poste, surpreendendo o guarda-redes que ficou pregado ao solo perante a impetuosidade do nosso avançado. A nossa equipa apresentou-se mais compacta claudicando apenas no golo de honra portista. O famigerado Cosme Machado ainda assinalou uma grande penalidade sem fundamento, felizmente falhada pelo avançado TóZé - melhor marcador da 2ª liga com 9 golos, 6 deles de GP! Atenção que Steven Vitória está a bater à porta dos às!

Também foi um prazer ver os nossos iniciados B bater os congéneres do SCP, por três tentos  de belo efeito sem resposta, numa exibição madura, convincente e com pinceladas de virtuosismo.

Muito bem; parabéns a todos.

Aquecimento global


Ninguém em seu perfeito juízo colocará em dúvida a necessidade de controlar os efluentes de qualquer tipo que diariamente são descarregados no meio ambiente; em terra, no mar ou no ar.  A urgência deste controle aumenta continuamente, dada a evolução demográfica mundial - já se ultrapassaram as sete mil milhões de almas -, o incessante progresso industrial global, a consequente pressão sobre a produção agrícola e os recursos energéticos.

Multiplicam-se por todo o lado as ONG ambientais e os correspondentes forums, intensificam-se, as declarações de intenções dos mais variados agentes políticos e adotam-se medidas draconianas  em nome da proteção ambiental. Apesar disso, continuam a fazer-se ouvir, cada vez mais consistentemente, opiniões discordantes quanto às causas  “oficiais” do aquecimento global.

Parte maioritária da comunidade científica atribui à atividade humana a origem da anormalidade, devido à consequente e crescente emissão de CO2, responsável pela retenção de parte do calor irradiado pela Terra, gerador do famigerado efeito de estufa e do malfadado aquecimento global, com todas as catastróficas consequências que se anunciam.

Alertam os desalinhados para o facto de, em 2012, se ter verificado um aumento de cerca de 60% da área dos glaciares do ártico, bem como para a estabilização da temperatura atmosférica média nos últimos 15 anos.

Respondem os alinhados, que o acréscimo de calor terá sido absorvido pelos oceanos, esquecendo que, a ser verdade, tal teria produzido o efeito contrário ao verificado no ártico. Por outro lado, interrogando-me acerca do impacto das emissões energéticas e gasosas do leito dos oceanos na temperatura destes, só posso duvidar da viabilidade de quaisquer conclusões e este respeito, que não o tenha em conta, como parece ser o caso.

Seja como for, a verdade é que as medidas de natureza política são muitas vezes paradoxais e perversas, sendo frequentes as contradições entre o discurso e a realidade.  Refiro o caso dos frigorigénios, considerando desastrada a estratégia adotada pela União Europeia, o caso dos transportes - responsável por cerca de 2/3 das emissões de CO2 - em que se tem dado uma no cravo outra na ferradura…e o caso do comércio de quotas de CO2.

Detenho-me um pouco nesta nova economia, segundo a qual são atribuídas quotas de emissão aos vários países, podendo estes transacioná-las mediante acordo bilateral. Imaginemos um pequeno e pobre país em qualquer parte do planeta, que decide prescindir do seu desenvolvimento tecnológico como estratégia fomento do progresso social, em favor da venda a sua quota de emissão de CO2. É certo que tal proporcionará desenvolvimento aparente mais rápido mas também é certo que a ausência de progresso tecnológico o tornará refém permanente dos seus clientes que controlarão a sua economia.

Ainda no âmbito da nova economia, refiro o paradoxo das empresas de captação de CO2, cuja viabilidade económica depende do aumento das emissões do mesmo, fazendo lembrar o que se passa em Portugal no âmbito do consumo global de energia elétrica em que a redução do mesmo abaixo do valor de referencia acarretará, contratualmente, correspondente compensação estatal!

O meu cepticismo relativo quanto ao efeito do CO2 no aquecimento global tem a ver com uma série de outros fatores, quanto a mim, não negligenciáveis, como sejam o da alteração da atividade solar e o da mecânica celeste.

Apesar da relevância do caso, só à cerca de 2 anos - salvo o erro - é que foi enviada, pelos americanos, uma sonda para estudo da atividade solar!, sabemos porém que o nosso astro rei atravessa um ciclo de inversão da polaridade, com considerável impacto na Terra e seus sistemas,  graças às alterações do respetivo campo eletromagnético. Estou em crer que este evento poderá traduzir-se também numa alteração de massa do sol e num correspondente aumento da energia irradiada, com inevitáveis consequências na energia absorvida pela Terra e na sua temperatura média.

Tenhamos em conta que a órbita terrestre resulta do equilíbrio das forças gravíticas e electromagnéticas globais, em particular do Sol e da Terra. Perante o evento referido, parece-me razoável supor que tal poderá estar a ocorrer, até porque a respetiva monitorização não se afigura fácil, tal com a da rotação da Terra e do posicionamento do respetivo eixo.

Lembremos a magnitude das matéria e energia escuras; a matéria e energia que sabemos existirem no universo em quantidades avultadas das quais desconhecemos a origem e a natureza, bem como toda a extensão das respetivas consequências.

Recordemos a incipiência dos atuais modelos matemáticos ambientais da comunidade científica bem como a responsabilidade desta em múltiplas agressões ambientais ao longo da história da humanidade.

Concluiremos que temos razões de sobra para o cepticismo quanto à tese corrente das causas do aquecimento global e para a necessidade de  escrutinarmos cada vez mais e melhor as teses das comunidades científicas, sujeitas, afinal, às mesmas vicissitudes que afetam o mais comum dos mortais.

Até porque, os argumentos dos interesses económicos que os alinhados afirmam suportarem os céticos, aplicam-se a identicamente a si próprios.