Desporto

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Nacional-Benfica (2-2)

                                         Passada a fúria:
 
Não gostei das múltiplas declarações de Benfiquistas - incluindo o Treinador -, na antevisão deste jogo; parece que íamos jogar com o Barcelona! Respeitar todos os adversários sim, temê-los NUNCA! Eu sei que há sempre mosquitos por cordas com este adversário, mas tal não condiciona os atletas de uma grande equipa. Os jogos começam a ganhar-se na mente dos atletas.

Quando percebem isto? O Benfica entrou mal; lento, mal posicionado, desssincronizado, displicente. Talvez os atletas estivessem físicamente desgastados  devido aos desgraçados jogos das seleções. Talvez a nomeação de pedro proença tenha desativado a determinação dos mesmos. Talvez alguns deles tenham excesso de confiança. Talvez estivessem já com a mente no Leverkussen. Não sei. Mas alguém tem que saber!
 
Seja como for, o que não pode acontecer são falhas sucessivas de marcação, quer no meio-campo quer nas laterais. Pode perder-se um lance por falta de velocidade, por falta de força, por falta de reflexos, por falta de capacidade técnica, mas...por desposicionamento não! Uma vez aceita-se, mais não!

Enquanto o Nacional, fresco, dinâmico, bloqueava as faixas com dois, três jogadores, os seus alas tinham duas belas autoestradas por onde carrilavam os seus lances ofensivos.
 
Só ganha jogos a equipa que aprende durante o jogo. É para isso que se treina. É para isso que serve o Capitão! Repetir no mesmo jogo os mesmos erros é grave! Ambos os golos do Nacional resultaram de erros defensivos grosseiros; primeiro confiaram no fora-de-jogo - esqueceram-se do proença -, no segundo, o defesa-esquerdo...não estava lá!
 
Fantástico Urreta com um golo fenomenal, bem o irresignado Lima, mal o Artur. Ainda não percebi o lance do 2º golo do Nacional! Bem o guarda-redes adversário.
 
Ainda assim, teríamos ganho se a equipa de arbitragem tivesse cumprido a sua obrigação. Proença esteve ao seu melhor nível. Ao nível a que nos habituou sempre que tem a equipa do Benfica pela frente. Tenho dúvidas no posicionamento dos jogadores do Nacional no 1º golo. Ficaram duas grandes penalidades por assinalar a favor do Benfica; uma mão na bola ainda na 1ª parte e um derrube escandaloso sobre Gaitan na 2ª . Foi permissivo disciplinarmente...mas apenas para os alvi-negros. Excessivo o vermelho ao Cardozo e denunciadora a expulsão do Matic. Estou convicto de que foi encomendado. Matic nada faz! Começou a cumprir-se a maldição do pinto.

Contabilizo seis pontos roubados nesta temporada.

Vitor Pereira está a mais no futebol. Tem que  ser posto no olho da rua o mais rápidamente possível. Chega!  
 
 




Á DIREÇÃO DO BENFICA, URGENTE: ENCOMENDAR E ENVIAR PARA O DRAGÃO AS FAIXAS DE CAMPEÃO.

 

Estado de Corrupção


O caso do atual escândalo de corrupção que envolve o PP espanhol ao mais alto nivel, conhecidos pelos casos Bárcenas e Gurtel em que, alegadamente, vários dirigentes daquele partido atualmente no poder, recebiam financiamentos não declarados através de uma conta num banco suíço, supostamente municiada com donativos de agentes económicos a quem teriam sido adjudicadas obras públicas, mostra como o Estado de Direito deu lugar, nos regimes ocidentais, ao Estado de corrupção, prenunciador da inevitável decadência económica e social a que temos assistido.
 
Baltazar Garçon, o superjuiz que abraçou a causa da justiça, não dando tréguas aos grandes criminosos da história, foi enxovalhado e afastado do cargo apenas porque...estava no encalço dos alegados criminosos!
 
É o que refere o texto de "O Público" de hoje, da autoria de Ana Gomes Ferreira, sob o título de Espanha, que refere: "...Garçon era o Juiz da Audiência Nacional que, em 2009, mandou realizar escutas a suspeitos no Gurtel com o objetivo de provar que se tratava de um delito continuado. Foi acusado de abuso de poder e condenado a 11 anos sem exercer a profissão.
 
O antigo Juiz disse que nas investigações Gurtel, surgiu-lhe o nome de Bárcenas, que foi imputado em 2009. Explicou que os indícios de crime são evidentes, mas, concluiu, "há falta de vontade política para avançar os dois processos."
 
Et voilá!
 
Não é o que se passa por cá?
 
Que nome dar a um regime que propicia tais desmandos?
 
AB
 

A Grande Distribuição e a destruição económica


É hoje claro o impacto demolidor na estrutura económica de Portugal do setor da Grande Distribuição a Retalho. O que a princípio parecia modernidade é hoje um pesadelo. De facto, toda aquela enebriante panóplia de oferta proporciona uma crescente concentração económica, paulatinamente destruidora do comércio tradicional e da sua função de distribuição universal de riqueza.
 
O domínio crescente do mercado pelas novas unidades, enfraquece a posição negocial dos produtores nacionais que acabam por se sujeitar à imposição de preços, prazos de pagamento e demais condições, resignando-se à condição de financiadores forçados e agradecidos.
 
Sempre insaciáveis, com o mercado na mão, os novos tiranos económicos tratam de alargar a sua ação a todos os setores lurativos, apropriando-se das respetivas fileiras, difundindo a sua ação destruidora a vastos setores da economia, provocando a falência de muitos milhares de micro e pequenas empresas e o despejo de muitos milhares de trabalhadores, agora inúteis, às portas dos Centros de Emprego.
 
Tudo isto com a complacência dos sucessivos governos, manietados nas teias económicas dos poderes de facto, condicionados por apoios estratégicos dos mesmos, seduzidos pelo argumento da produtividade empresarial tão do agrado dos sindicalistas, incapazes de perceber o impacto na competitividade nacional, que se tem revelado desastroso. Assinala-se o disfarçado desprezo pelas, hipocritamente propaladas, igualdade de oportunidades e solidariedade nacional princípios estruturantes da retórica sócio-política dominante. 
 
Alargando a perspectiva da análise, tendo em conta as contingências energéticas e ambientais, o atual modelo de comércio transcontinental desenvolvido pelas Grandes Superfícies, deverá retroceder em favor do fomento da produção local e do pequeno comércio, com a modernização dos Mercados Municipais, locais previlegiados de comércio humanizado, ao contrário dos apelativos mas frios e impessoais hipermercados, apenas onde o interesse se confina em captar o dinheiro do cidadão,  onde este jamais verá um sorriso de amizade ou compreensão.
 
No jornal "O Público" de hoje, na secção de economia, num trabalho sob o título "Comércio" da autoria de Ana Rute Silva e Luis Villalobos, pode ler-se que as duas grandes cadeias de distribuição Pingo Doce e Modelo Continente estão entre as dez maiores empresas importadoras, respetivamente, no 4º e 6º posto. É fundamental que estas organizações se abasteçam cada vez mais no mercado nacional, cientes do conceito do justo valor; aquele que proporciona a justa retribuição a quem produz. E é aqui que os governos têm que intervir, encontrando formas de impedir que o mercado livre destrua grande parte da população, condenando-a à inutilidade. Neste contexto, assinale-se a queda, em 2012 - dados até Novembro -, da 9ª para a 43ª posição na lista dos maiores imoportadores, da cadeia Lidl graças à sua política de substituição das importações por aquisições à produção nacional, conforme informação de Madalena Bettencourt Silveira, do  respetivo departamento de comunicação.

Preocupantemente, segundo "O Diabo" de 5 de Fevereiro de 2013", à parte a sua polémica passagem pela SLN/BPN, Frankelim Alves, o agora Secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação, tem no seu curriculo  o cargo de Diretor Financeiro na Administração da Jerónimo Martins, algo que parece preocupar os dirigentes da Confederação Nacional de Agricultura. E não é para menos, atendendo ao objetivo definido pelo próprio Frankelim de " aprofundar o trabalho desenvolvido até aqui e ajudar a transformar o tecido empresarial português, garantindo instrumentos estratégicos no apoio às empresas e empreendedores num período particularmente complexo."
 
José Almeida, investigador universitário, em "O Diabo" de 5 de Fevereiro de 2013, no seu trabalho "27 anos de destruição económica", denuncia o problema que todos parecem ignorar. A certo passo, diz José de Almeida: "...No dia 10 de Dezembro de 1985, há 27 anos, abriu portas o Continente de Matosinhos, ficando para a história como o primeiro hipermecado de Portugal. Nascido da parceria da portuguesa Sonae e da Francesa Promodés, este hipermecado tinha inicialmente uma área de venda de aproximadamente 9864 metros quadrados apoiados por 72 caixas de pagamento. Um verdadeiro colosso para a realidade do Portugal de então.
 
      O aparecimento desta superfície deu início a uma verdadeira revolução dos hábitos de consumo nacionais alterando irreverssivelmente o panorama comercial português, assistindo-se ao rápido fortalecimento da grande distribuição em detrimento do comércio tradicional. Fenómeno que contribuiu para o enfraquecimento dos centros das cidades em prol das periferias , onde este e outros estabelecimentos que lhe seguiram se acabaram por fixar.
 
      Não deixa de ser curiosa a forma como as ilusões de modernidade e desenvolvimento de ontem continuam, sistemáticamente, a transformar-se na miséria real de hoje."
 
Mais adiante: "Sem se reparar, estavam com isso a assinar uma certidão de óbito à nossa economia, deixando-se entrar um enorme cavalo de troia que acabaria por conquistar-nos e submeter-nos àquilo a que Guenon chamou "O Reino da Quantidade". Afinal, tudo isto não é mais do que "os sinais dos tempos", tendo os últimos 27 anos de destruição económica marcado apenas o princípio de uma nova idade, pouco ou nada próspera."
 
Junto as minhas às palavras de José de Almeida esperando que muitas outras apareçam a defender a economia Portuguesa e os Portugueses contra a concentração económica e a pobreza.
 
AB