Desporto

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Lou Reed - Sweet Jane (Best live version)

 
 
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domingo, 27 de outubro de 2013

BENFICA - NACIONAL (2-0)


Um bom resultado contra uma equipa tradicionalmente difícil, que veio à Luz jogar o jogo pelo jogo e que por isso mesmo, merece as minhas felicitações. Fizessem o mesmo todas as outras e ganharia a Liga outra dimensão.

Destaco desde já a postura inabitualmente cordial das gentes do Nacional dentro e fora das quatro linhas, desde logo, por parte do seu Treinador, Manuel Machado, pela racionalidade das suas declarações  e pelo significativo abraço que trocou, no final, com Jorge Jesus, pondo termo a um desconfortável desentendimento. Bonito!; parabéns a ambos.
 
De facto, contra o habitual nos jogos da Luz - ver o jogo com o Belenenses -, o Nacional apresentou-se muito afoito, ocupando muito bem todo o terreno, em pressão alta, com amplitude e profundidade, num futebol muito dinâmico, solidário e cheio de intencionalidade. Frequentemente colocava 3 a 4 homens na frente de ataque, apoiados por uma 2ª linha de 2, 3 homens de recuperação, pressionando de imediato e de muito perto a saída do Benfica. Muito bem.
 
Bem se percebe a ideia; o Nacional, tal como fez o Estoril de Marco Almeida na época anterior, procurava tirar partido do desgaste físico provocado nos jogadores do Benfica no anterior jogo da LC. Desta feita porém, a equipa da Luz reagiu melhor revelando maior solidez defensiva, graças, sobretudo, às ações de Artur e de Luisão e, finalmente, melhor posicionamento e consistência no meio-campo de onde Enzo Pérez nunca deveria ter saído e onde Matic teve uma atuação mais consentânea com o seu valor, quer recuperando, quer participando em ações ofensivas.
 
Na frente, Cardozo, recuperada a confiança, revelou mais uma vez o que é; um farol e um finalizador de excelência que modela todo o jogo da equipa. Lá pudemos ver Gaitan em subida de forma, tendo-nos brindado com lances de fino recorte, que os amantes de futebol tanto apreciam, como foi o caso da assistência para o 2º golo, finalizado com grande classe por Cardozo. Certo, que ainda não vimos nas alas o dinamismo e profundidade da época anterior, porém,  o estreante Ivan Cavaleiro, com a sua generosidade e talento ainda na fase potencial, mostrou que podemos contar com ele para o efeito, conforme ficou demonstrado em alguns lances em que "pôs a cabeça em água" aos adversários. 
 
Os jogadores do Benfica estiveram à altura do jogo, revelando maior consistência e confiança, acabando a gerir o resultado com eficiência - o que lhes é raro - acabando por merecer o aplauso dos adeptos. Destaco o desempenho de Artur Morais que garantiu a inviolabilidade da baliza rubra com 4 defesas de grande categoria - tiro o chapéu aos homens do Nacional -, de Luisão, que esteve soberbo sobretudo no jogo aéreo, numa defesa onde Máxi se apresentou em subida de forma e Siqueira mostrou classe com a soberba finalização, a passe não menos soberbo - estilo vólei - de Cardozo. 
 
Efetivamente, já conseguimos ver uma equipa e algum talento. Há que dar continuidade a este trabalho lembrando que eficiência rima com consistência.

"SPORTING REI DAS FALTAS"

Titula assim um pequeno texto de "O Record" de 26 do corrente - quem diria? - na secção Record Premium com o subtítulo "Sabe evitar cartões".

Refere o articulista, cujo nome não consegui descortinar, que, o SCP, não só é a equipa mais concretizadora da Liga, como também a mais faltosa, contabilizando um total de 118 faltas - média de 16,85 por jogo - e a que  menos cartões averbam os seus jogadores na mesma competição.
 
Nada que me espante. Infelizmente, o SCP está à beira da insolvência; basta atentar no resultado da época anterior -  - 35,5 ME - e no orçamento para a atual - défice da mesma ordem! O SCP, com a estrutura económica atual não consegue gerar recursos suficientes para sustentar a exploração corrente, nem tão pouco amortizar a dívida galopante! Tal foi o resultado da estratégia suicida e desleal de José Roquete que acreditou no "canto de sereia" de Pinto da Costa, que visava ganhos de massa crítica para os dois clubes consequente da destruição do Benfica.
 
O Belenenses, um dos históricos do futebol nacional, tal como muitos outros clubes , já está controlado por gente afeta ao FCP. O SCP, com Bruno Carvalho, parece decidido a sair das garras do dragão. Um dos propósitos da subida competitiva do Braga consiste, precisamente, em afastar os clubes de Lisboa das gordas receitas proporcionadas pelas participações na liga dos Campeões, conduzindo-os à insolvência, como esteve prestes a acontecer, também ao Benfica.
 
O caso é que, os principais credores do SCP, igualmente financiadores e sócios da Sportinvest , parece terem mexido no tabuleiro do futebol após terem acordado um plano de reestruturação financeira do clube, cujo sucesso depende do êxito desportivo deste. Assim, além de uma forte injeção de motivação, beneficiou também o SCP, até agora, de um calendário favorável e de vistas grossas por parte das equipas de arbitragem, que lhes permitiu alguma vantagem pontual graças a decisões calamitosas, nomeadamente, em relação ao Benfica.
 
Ora um dos métodos mais de corrupção mais soft é precisamente este: um elevado rácio de faltas por cartão - que tem sido continuadamente apanágio quase exclusivo do Porto e do Braga -, induz nos beneficiados um modelo de jogo mais agressivo e nos seus adversários ação mais contida. Isto, por si só, é suficiente para provocar diferenciação entre duas equipas do mesmo nível; contudo, associado a uns foras de jogo decisivos mal tirados e outras manigâncias, é garantia de sucesso, como tem sido, afinal, o paradigma do alegado êxito portista.
 
Constitui, esta, mais uma adversidade que o Benfica terá de vencer, por maioria de razão agora, que o sistema já tem em marcha o processo que há-de conduzir à substituição de Mário Figueiredo da Presidência da LPFP por mais um Yes-Man, e que tudo fará para afastar o clube da participação na próxima Liga dos Campeões.
 
Ah; como é previsível o futebol em Portugal!
 

RETIRADA OU FUGA?

 

Os preparativos para a retirada de Pinto da Costa são perceptíveis desde há muito; o casamento no Brasil com a sua atual esposa indicia isso mesmo - afinal, ainda está bem viva na memória pública o caso do seu anterior matrimónio por muitos considerado de conveniência, por facultar argumentação jurídica em sua  defesa dos processos de que foi alvo -, tal como o indicia a recente homenagem da Câmara de Gondomar, a que se seguirá a inevitável homenagem da Câmara do Porto pela mão do indefectível Rui Moreira.
 
Percebe-se que a PC falta disponibilidade física para continuar a tenebrosa tarefa que tem levado a cabo no desporto - afinal isto cansa -, convertendo-o em arena política dissimulada, instaurando um clima de deslealdade e confronto permanente com a população dissidente. Talvez por influência de Rui Rio - recentemente convertido à causa da regionalização -, os regionalistas do norte, tenham finalmente percebido que é mais eficaz defender a causa com lisura, honradez, respeito e firmeza; talvez vejam em Rui Moreira capacidade para a promover, iniciando um novo ciclo com estilo mais condizente com os valores democráticos. Veremos. Por mim, tenho tanta confiança em RM como em PC, mas admito que possa haver uma alteração metodológica e gostaria que assim fosse.
 
Por outro lado, instalou-se entre a generalidade da população, a convicção de que PC tem sido poupado a investigações judiciais em matérias várias e beneficiado de tratamento preferencial da estrutura judicial, precisamente por ser Presidente do FCP. PC, tem-se servido do escudo institucional proporcionado pelo clube para cometer toda a espécie de excessos que lhe têm sido publicamente atribuídos. O resultado traduz-se na decadência do futebol pelo progressivo descrédito induzido e na descredibilização da Justiça e do próprio regime, já de si moribundo.
 
Paira no ar a ideia de que, a verificar-se, trata-se de uma ato preventivo face à possibilidade de, numa eventual nova acusação a PC, não ter por certa a  habitual impunidade. Paira no ar a ideia de que há muita gente de consciência pesada e que se sente insegura, gente que, não tendo tido coragem para se demarcar e, ou, fazer funcionar a justiça adequadamente, anuiu a proporcionar uma saída discreta mas minimamente digna a quem tanto mal tem feito ao país desportivo, transformando em odiosa uma causa que pode ser virtuosa. Que outro motivo poderá levar uma pessoa a abandonar a terra à qual dedicou a vida, com tanto sucesso, mesmo que relativo? Sim, pode ser um indício de que algo está, efetivamente, a mudar. A ver vamos.
 

Pinto da Costa antecipa retirada

Presidente dos dragões prepara saída antes do final do mandato (2016) para viver no Brasil.  Corrida à sucessão já começou
 
Por:António Pereira (CM de 26.10.2013)

domingo, 20 de outubro de 2013

Cinfães, Benfiquistas e Regionalização

Sinto uma repulsa compulsiva pelo centralismo venha ele de Bruxelas ou de Lisboa, venha dos organismos públicos ou das inúmeras entidades privadas onde aqueles lançam as suas longas e pesadas garras. Defendo a intervenção dos cidadãos na gestão da sua cidade e do seu país através do modelo representativo, inevitável nas sociedades actuais,  com componentes participativas. É este, quanto a mim, o maior desafio das democracias,  nomeadamente a europeia, em especial a portuguesa, nas quais, paradoxalmente, a par de um discurso apologético da participação cívica dos cidadãos por parte dos doutrinadores políticos, assistimos a uma crescente, asfixiante e inapelável concentração de poder em Bruxelas que, não só decide quase todos os detalhes da vida de cada um como os fiscaliza de uma forma obsessiva e persecutória trazendo-nos à memória o regime da ex-união soviética e outros totalitarismos nos quais os direitos dos cidadãos são totalmente subjugados pelo Estado. 

A Regionalização é um desígnio constitucional com o qual, em princípio, estou de acordo, porém, perante os dislates a que temos assistido seja nas ruinosa gestão financeira ou no permanente confronto institucional e divisionista por parte dos principais dirigentes das nossas Regiões da Madeira e Açores, perante o desconforto causado pelo discurso incendiário, intolerante e discriminatório de gente promotora da Região Norte, concluo que o país ainda não tem condições para concretizar tal propósito. Os pressupostos dos regionalistas estão errados; regionalizar sim, para envolver os cidadãos na causa do desenvolvimento para todos sem esquecer a solidariedade trans-regional, num clima de tolerância, racionalidade, empenho e patriotismo.

O Povo de Cinfães, bem no coração da região norte, foi ver o jogo do clube da terra com o Benfica; os adeptos de ambos misturaram-se alegremente aplaudindo, cada um deles, o seu clube preferido, num jogo bem disputado. Pairou no ar um clima de convívio competitivo e festa. Como deve ser!

Pinto da Costa, instigado, creio, pelos regionalistas locais, pelo PS e, mais recentemente, por um crescente sector do PSD,  levantou há décadas a bandeira regionalista transformando um clube de futebol num agente político, razão primeira da discricionariedade a que temos assistido em todas as competições em que o FCP participa, graças ao evidente conluio de múltiplas entidades desportivas e não desportivas.

Já todos sabemos que Pinto da Costa quer é ganhar, seja como for, revelando uma falta de ética a todos os títulos reprovável. Porém, o que me espanta, é verificar como, entre tanta gente respeitável à sua volta, ninguém parecer ver o óbvio! Como pode a causa da regionalização ganhar adeptos, num ambiente de hostilidade, com repetidas acções violentas associadas ao futebol na sequência de sistemáticos discursos provocatórios com laivos de chauvinismo? Como pode a causa da regionalização progredir querendo impor a toda a população regional um só clube, o FCP incentivando o ódio ao Benfica? Numa futura região norte os adeptos de outros clubes seriam perseguidos e ostracizados socialmente, como fizeram à criança de Braga? O que aconteceria aos Cinfanenses Benfiquistas, Sportinguistas, etc.? Teriam todos que abjurar dos seus clubes, abrindo-se a figura dos portistas-novos? Mas esta gente não se enxerga? não entende que o discurso de Pinto da Costa e seus apaniguados é contrário aos interesses da regionalização por ferir os princípios elementares das sociedades democráticas? Como é possível que tanta gente respeitável tenha embarcado nesta insensatez?

Pinto da Costa não serve a causa da Regionalização...serve-se dela!

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Mário Figueiredo; um herói improvável?

Extrato de notícia do CM de hoje, acerca de declarações do atual Presidente da LPFP:
"O problema na arbitragem não está na profissionalização, mas na forma como é gerida. Em Portugal, a arbitragem parece viver em monarquia, num tempo feudal em que tudo é secreto, em que ninguém sabe como são feitas as avaliações e que resultados dão. É pouco transparente. As nomeações são feitas às escondidas, sempre em cima dos jogos e muitas vezes são incompreensíveis", afirmou Mário Figueiredo."

Uma conclusão óbvia! o que é necessário é mudar o processo de recrutamento, formação, nomeação e classificação dos árbitros; aqui é que está o poder efetivo. A profissionalização agora anunciada não passa de mais uma manobra dilatória da FPF, na qual, apesar de tudo, o Presidente do Benfica parece acreditar!
Hermínio Loureiro, que se demitiu da Presidência da LPFP na sequência das ameaças de que foi vítima por parte de gente ligada ao Porto, segundo declarações públicas suas, tendo abandonado Ricardo Costa à violência daqueles, e que agora exerce o cargo de Vice-Presidente da FPF, apressou-se, hipócritamente, a reiterar a sua confiança no Conselho de Arbitragem, mostrando assim, ter mudado de trincheira.
De facto, é evidente para qualquer um que nada mudou na arbitragem, já que, esta, tem garantido a liderança do FCP no campeonato em curso. É hora de outras vozes se juntarem à de Mário Figueiredo decididas a enfrentar e derrubar de uma vez por todas o sistema azul.



quarta-feira, 16 de outubro de 2013

A Minha Chama: Tudo Mentira pá... TUDO!

A Minha Chama: Tudo Mentira pá... TUDO!: Anda a malta descansada com um fim-de-semana sem atritos clubísticos e... Pimba! Somos forçados mais uma vez a vir em defesa do Benfica, Sp...

ROSA - Orlando Silva - Grav. Original - W/Translation

Orlando Silva - Malandrinha (1957)

domingo, 13 de outubro de 2013

A RONDA DOS DIAS: PÓ DE UNICÓRNIO

A RONDA DOS DIAS: PÓ DE UNICÓRNIO: A minha vida ainda me há-de matar. Isto não é conversa, é uma verificação feita in situ nas escadas da biblioteca de Torres Novas hoje de t...

sábado, 12 de outubro de 2013

MAURÍCIO EINHORNE




Roberto Aussel - I - Atahualpa Yupanqui - Milonga, Vidala




A condecoração

      Aproximando-se o momento da retirada de Pinto da Costa da cena desportiva - o homem não é eterno! -, iniciou-se o ciclo de encómios patéticos,  com a iniciativo do seu "velho" companheiro de muitas lutas, Valentim Loureiro, lutas essas que descredibilizaram o desporto nacional e o futebol em particular ao fazê-lo refém dos seus poderes tentaculares, perante a covardia de muitos e a cumplicidade de alguns, constituindo um dos maiores paradoxos da atualidade Portuguesa. Perante toda a informação publicada, hoje, ninguém, além dos respetivos correligionários, tem dúvidas de que, estes, são os principais rostos do tão propalado sistema.

      Valentim Loureiro e o Boavista, serviram de bode espiatório decorrente dos processos do apito dourado e apito final, propiciando a escapatória do FCP e do seu presidente; era imperioso entregar algo à justiça e à indignação popular. Seguiu-se a lenta agonia de VL enquanto dirigente desportivo e a saída da ribalta do Boavista, deixando ao FCP, o ambicionado exclusivo da representação desportiva da cidade ao mais alto nível, com o Salgueiros já reduzido à insignificância capitalizando os ganhos políticos em que tem alicerçado o espúrio sucesso desportivo.

      Não são públicamente conhecidos os, alegadamente relevantes, contributos de Pinto da Costa à cidade de Gondomar que, forçosamente, deveriam suportar tal homenagem, levando-me a concluir que a razão será outra. Provávelmente, VL e PC, em tempo, apertados pela justiça desportiva e cível, terão feito um pacto em que aquele aceitou sacrificar-se e ao seu clube, para salvar este e o seu, numa lógica de mal menor. Tal pacto terá culminado com a decisão de alargamento do campeonato após a patética anulação do acórdão condenatório do Boavista na justiça federativa, que o tinha relegado, falido, para os escalões inferiores. Mais um caso vergonhoso que não deveria passar incólume por muita simpatia que se tenha por este clube, sob pena de ridicularização pública das superestruturas desportivas.

      Significativamente, Joaquim Oliveira aparece como detentor de 22% do capital da SAD do Boavista, o que, por si só, explica toda esta trapalhada dado o seu ascendente no meio desportivo, político e financeiro. Outras homenagens a tão polémico personagem  virão, com origem em outras cidades adjacentes, incluindo a do Porto - cujo atual Presidente é, nada mais nada menos que um fundamentalista portista -, culminando com uma qualquer comenda da República que o seu amigo e colega do Conselho Consultivo Artur Santos Silva, não deixará de recomendar ao PR, pelos "elevados feitos patrióticos na elevação do bom nome de Portugal por esse mundo fora"; seja ou não com fruta, seja com ou sem supermercados, que a causa da região sobrepõe-se aos princípios da decência.

E assim vai a Pátria...de alguns!

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O Guerreiro da Luz: A comunicação encarnada

O Guerreiro da Luz: A comunicação encarnada:   O início de temporada encarnada com as novelas do Cardozo , da (ainda) transferência do Roberto , do mau feitio do Luisão para com o...

sábado, 5 de outubro de 2013

BENFICA, OVOS E ÁRABES

No explêndido blogue "Papoilas do Biscaia" vi a entrevista de Pragal Colaço à Benfica TV na qual, este, justifica a atual crise desportiva na equipa, como consequência de uma estratégia de desvalorização dos ativos da SAD levada a cabo, concertadamente, por grupos interessados na sua aquisição, nomeadamente de origem árabe, através da comunicação social que, assim, pretendem desvalorizar o ovo.

Ora, nem tanto ao mar nem tanto à terra; bem sabemos como a grande maioria dos órgãos de comunicação social tal como os institucionais, seja do foro desportivo, do económico, do judicial ou do político, está "infestada" de agentes portistas, que, cada um a seu modo e salvo exceções, contribui, militantemente, para a subjugação desportiva do país,com vista à expansão económica e política do norte. Isto é; o futebol está a ser usado para mudar económica e socialmente Portugal, o que, não constituindo, em si mesmo um mal - as mudanças são necessárias em ambas as dimensões -, não deve atropelar as legítimas espectativas de cada um, o que não é, manifestamente, o caso!

O atual panorama, onde a intolerância, a deslealdade, a arrogância, a corrupção, a violência, a descriminação social e o monolitismo, assentaram arraiais, contradiz todos os princípios de qualquer democracia digna e representa uma regressão política e social aos modelos característicos das ditaduras. O caso é que o desporto em Portugal constitui um dos maiores paradoxos  atuais, uma vez que parece consentir apenas um vencedor, condicionado direta ou indiretamente pelos interesses que lhe estão associados. É  imperioso acabar com isto! É esta luta que temos de travar, cada um no seu posto com as  suas possibilidades, por um país livre, próspero e solidário, incompatível com o estilo de Pinto da Costa e seus apaniguados. Mas tal não deverá impedir-nos de reconhecer os nossos erros e limitações. O mau arranque desta época está relacionado com o terrível fim da anterior e com erros próprios e não apenas com as armadilhas que nos colocaram no caminho.

Queiramos ou não, a era do modelo implantado por Filipe Vieira (FV) está no fim. Tal como refere Henrique Raposo, FV ficará na história do futebol nacional como o Presidente da transição; reestruturou económica e financeiramente o clube implementando e desenvolvendo áreas de negócio inovadoras, alargou e aprofundou fortemente a implantação social do clube através da proliferação de oferta desportiva e da fundação, deu expressão real ao ecletismo e competitividade - ainda insuficiente -, às modalidades amadoras, desenvolveu extraordináriamente a formação, promoveu a construção de infraestruturas potenciadoras da prática desportiva ao mais alto nível, estabeleceu parcerias promovendo a expansão internacional do clube e até fez os Benfiquistas acreditarem que era possível ganhar. Mas não é! Não, enquanto não se enfrentar e vencer a batalha institucional, razão da nomeação dos calheiros e proenças do futebol que nos têm roubado as vitórias. É aqui que FV falha! A opção pela passividade institucional que adotou, quem sabe, imposta pelos financiadores do clube e SAD, por oposição à agressividade verbal e física dos inimigos do Benfica, não funciona!

Jamais o sistema mudará por si, por razões de ética, transparência, ou lealdade- Jamais! O sistema é ostensivamente corrupto, como ficou demonstrada pelo processo do apito dourado. Ou seja; trata-se de corrupção consentida…"corrupção da boa"…por uma causa maior…a causa do norte, que alguns querem impor aos verdadeiros nortenhos e ao país, que todos os atropelos parecem justificar. O sistema tem que ser enfrentado e vencido!  à política o que é da política ao futebol o que é do futebol. É verdade que a Benfica TV tem o efeito de uma granada na linha de água do porta-aviões que é o sistema, mas é imperioso atacar na frente institucional de múltiplas formas mas não com “punhos de renda” como atualmente. Filipe Vieira não tem sido capaz de atrair aliados idóneos e relevantes para a causa do futebol e é necessário fazê-lo! Urgentemente! Entre os que o rodeiam, reconheço em José Eduardo Moniz, tal capacidade. Só! É muito pouco!
 
Finalmente, o tema central; Pragal Colaço parece preocupado com a eventual entrada de capital árabe na SAD!, já ontem era tarde! Venha ele! Só a ligação a fontes de financiamento externas e independentes do bolorento e comprometido sistema financeiro nacional poderá conduzir o Benfica ao nível dos clubes de topo mundial! Os meios endógenos não permitirão manter uma equipa mundialmente competitiva, compatível com as ancestrais aspirações do clube devido à crónica incapacidade de aquisição e manutenção nas suas fileiras dos grandes jogadores. E sem eles...não há grandes equipas! Aconteceu-nos no passado recente!

PSG, Manchester, Chelsea, entre muitos outros são exemplos disso e não perderam a sua identidade! As infraestruturas são necessárias mas…os adeptos querem é ver o seu clube a ganhar venha o capital de onde vier! Que se lixe o betão; chega! Precisamos de mais futebol e menos betão! A justificação do betão não é mais betão…são as vitórias! Sem elas, o betão de nada serve! A justificação dos silêncios não pode ser a gratidão! O Benfica não pode estar grato a quem o tenta destruir! As relações pessoais não podem condicionar os interesses do clube!

Venham de lá, os árabes, os marcianos, ou seja lá quem for desde  que traga o graveto, seja capaz de fazer frente aos amorins, azevedos e C.ª lda e pôr o Benfica a ganhar.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O fim de Jorge Jesus é o fim de Vieira (amen!)


Henrique Raposo

                   


Reconheço o sabor desta temporada 2013-14, é aquele travo acre dos anos 90 e do início dos anos 2000. Parece que estou em 1996, 98 ou 2001. É aquele desânimo, o ver por obrigação uma equipa sem rumo. Não por acaso, voltei a entrar no erro benfiquista daquela negra época: a dança de treinadores. Tal como todos os benfiquistas, estou farto de Jesus, quero um treinador novo e tenho os meus candidatos. E até tenho razão para estar descontente. Depois daquele Maio traumático, o Benfica devia ter dispensado Jesus. Como isso não aconteceu, nós, adeptos e até jogadores, ainda estamos nas Antas e em Amesterdão, ainda estamos naqueles dois 90+2. Mas, atenção, o grande responsável por esta situação não é Jesus. O culpado é o Presidente Vieira. Por outras palavras, o nosso tema de debate não devia ser o pós-Jesus, mas sim o pós-Vieira. 

Para não despedir Jesus no final da época passada, Vieira agarrou-se ao trauma Fernando Santos. A comparação é incompreensível e revela logo à partida uma débil inteligência desportiva. Fernando Santos foi despedido na primeira jornada da sua segunda época. Uma precipitação, sem dúvida. Ao invés, Jesus estava há quatro anos no clube (um ciclo completo) e finalizou o ciclo com três derrotas traumáticas. O fim da Era Jesus era a única saída aceitável. Não está em causa a qualidade do futebol (questão técnica), mas a moral de um homem. Depois daquela descida aos infernos da bola, os jogadores e adeptos nunca voltariam a encarar Jesus da mesma forma. O balneário nunca mais estaria com ele. Como se vê agora. Toda a gente antecipou este cenário, Vieira foi a única pessoa no planeta que não quis ver o óbvio. É grave. O Presidente do Benfica não tem de perceber de futebol, mas tem de revelar sensibilidade para as coisas que estão além da folha de excel.

Fernando Santos e Jorge Jesus são o 8 e o 80, e o problema é que Vieira nunca conseguiu encontrar um meio termo na sua relação com os treinadores. Além disso, a gestão do plantel tem sido caótica e, passados doze anos de consulado Vieira, o Benfica ainda não fixou uma estrutura clara: quem é que manda no futebol? O que faz Rui Costa? O que faz Shéu Han? Carraça? Todas estas indefinições estão na base das nossas derrotas. Sim, é verdade que Vieira terá um lugar na história do clube . Os historiadores do Benfas dirão que "Vieira foi o presidente da transição, pegou num clube de joelhos e deu-lhe estruturas". Problema? Falhou no futebol. É tempo de passar a bola a outro. 

PSG-Benfica 3-0