Desporto

domingo, 29 de setembro de 2013

Benfica-Belenenses 1-1; (aos Benfiquistas)

      Sei que é doloroso, mas não devemos desanimar perante este desaire, temos que reagir; apoiar a equipa e o Técnico e fazer frente aos que nos querem subjugar. Não tenhamos ilusões; não ganharemos este campeonato!, a raiva pela detenção pelo clube dos direitos desportivos, que ameaça fazer ruir toda a estratégia financeira e comunicacional que sustenta o sistema, abater-se-á sobre nós, adeptos, e sobre o nosso clube, guiada pela mão oculta de muitos cúmplices do portismo, em múltiplas frentes, nomeadamente; a desportiva, a económica e a judicial. 

      A máquina está em andamento; em todas as jornadas deste campeonato há erros grosseiros de arbitragem favorecendo o Porto e prejudicando o Benfica cavando um fosso pontual que será decisivo, quer para o campeonato, quer para a liga dos campeões; o BES, um dos principais suportes do actual sistema, desistiu do camarote que tinha no Estádio da Luz - recordemos que perdoou parte da dívida à SPV e, salvo o erro, também ao Sporting -, e o nosso Técnico, já está nas mãos da justiça desportiva e judicial. Mas temos que resistir!, dentro e fora das quatro linhas; não ganharemos, mas obrigá-los-emos a recorrer a tantos erros de arbitragem e outras prepotências que se tornará socialmente insuportável  e politicamente insustentável.

      O actual Belenenses, tal como a Académica, o Braga, o Guimarães e outros, já não é o que recordamos do passado remoto; é mais um clube manietado pelo portismo, como se pode concluir pela detenção da maioria do capital da SAD por Pedro Soares, dragão de ouro! Veremos neste Belenenses o mesmo padrão comportamental que o que se tem verificado nos clubes precedentes, que poderia justificar a mudança do nome de Liga Zon-Sagres para Liga do Porto! Além dos erros graves de arbitragem que ditaram o desfecho do jogo foram significativos dois momentos em que, ostensivamente, o arbitro cumprimenta dois jogadores azuis, denunciando cumplicidade e falta de decoro.  Como diz o aforismo popular; "à mulher de César não basta ser séria; tem que o parecer!"

      Apelo aos nossos jogadores para que se libertem de eventuais condicionamentos mentais e coloquem em campo todo o seu talento e entusiasmo, sem desfalecimentos, vibrando a cada momento, puxando pelo entusiasmo dos adeptos. Cabe-lhes, sobretudo a eles, impedir que a nação benfiquista caia num fosso depressivo, reaja à adversidade e mantenha a ligação afectiva à equipa. 

      Quanto ao jogo; a equipa entrou alegre, parecendo indiferente a todas as baboseiras que se disseram e escreveram a propósito dos incidentes de Guimarães, marcando bem cedo um belo golo de Cardozo a soberbo cruzamento de Lima, que deslizava em toda a frente de ataque, baralhando as marcações da defesa azul. A coisa prometia; "tratemos de marcar mais dois por causa da tosse", pensei com os meus botões. Porém, talvez já a pensar no próximo compromisso europeu e que os golos iriam surgir com naturalidade, a equipa abrandou o ritmo enquanto o adversário reagiu, à procura do empate, que acabou por conseguir após uma sequência de ataques perigosos, num canto bem marcado, graças à crónica falha de marcação da nossa defesa neste tipo de lances e...à "colaboração" da equipa de arbitragem.

      A partir daí a equipa do Belenenses praticou com a complacência do árbitro, o anti-jogo sistemático, como há muitos anos não via mas que caracteriza, afinal, o futebol português, que acabará por o conduzir à falência! Uma vergonha!, o Belenenses chegou a defender por várias vezes com 11 jogadores dentro da área!, os mergulhos para a "piscina" a simulação de lesões e a rábula das botas foram atos miseráveis! Mas conseguiram o que pretendiam; desconcentrar e desmobilizar os jogadores do Benfica e reduzir-lhes a capacidade de reacção através do arrefecimento muscular!  Miserável!

      Tal não nos impede de ver as deficiências tecnico-táticas da equipa do Benfica; continua a faltar sustentabilidade e criatividade ao meio-campo!; não há quem pense o jogo e o distribua fazendo jogar toda a equipa, houve falta de velocidade e de intensidade denunciando pouca determinação. Era necessário romper a muralha contrária com cruzamentos das linhas, remates de meia-distância, tabelinhas e transportes de bola, em drible, para a área. Julgo que tenha imperado o medo de lesões e o consequente afastamento da montra europeia. Não deveria! Os jogadores devem manter-se concentrados no que estão a fazer! Uma regra de ouro transversal consiste nos ganhos de eficácia que resultam de fazer uma coisa de cada vez, potenciando todos os recursos na sua execução. Ora isto tem a ver com liderança, que, como sabemos, está fragilizada, por isso mesmo, a necessitar de retificação.

Um a braço a todos e...não desanimem, lembrem-se que, as "tetas" por onde o sistema tem mamado, estão a secar; STV, BCP, BPN, CP, CVNG, como o atesta o recurso a financiadores brasileiros para a construção do museu da corrupção.
Viva o Benfica!  

sábado, 28 de setembro de 2013

A frente política

Com a absolvição de Pinto da Costa e de Pinto de Sousa de todos os crimes de que eram acusados, respetivamente 6 e 144, (salvo o erro), o que os Tribunais nos vieram dizer, implicitamente claro, foi que, em matéria de futebol estamos entregues a nós próprios!  
Esta é a razão pela qual não acredito na eficácia da estratégia do consenso, da convergência, da persuasão. De facto, nem a imprensa, maioritariamente nas mãos de portistas, nem os partidos vinculados à regionalização, farão o que quer que seja para corrigir esta disfuncionalidade no futebol luso que nos têm imposto como normal, por via do eterno acerto de contas com Calabote. 
A exploração dos direitos desportivos pela BTV atinge em cheio e de múltiplas formas, o coração do sistema...mas não chega...é preciso mais! A direção do Benfica, estando-lhe estatutariamente vedada a ação política, tem que encontrar forma de fazer repercutir politicamente a realidade desportiva. Ninguém, jamais, poderá censurá-la por elaborar e propor, institucionalmente e publicamente, projetos de política desportiva para o país, entre os quais a imperatividade de fiscalização por parte da AR, através da constituição de uma Comissão para o Desporto. 
Ninguém, jamais, poderá censurar uma Direção que questione os agentes políticos acerca dos seus projetos para o desporto, que lhes sugira ideias alternativas e que informe particularmente e publicamente os investidores, acionistas, sócios, adeptos e simpatizantes do clube acerca da sua preferência. 
Só assim, e com toda a legitimidade poderemos equilibrar a balança política que desde há muito pende para o lado portista por via da regionalização e de velhas cumplicidades relacionadas com os primórdios da República (que brevemente abordarei em trabalho específico). 
Não defendo qualquer vínculo político da Direção do Clube ou Administração da SAD; nem pouco mais ou menos, mas tão-somente, a intransigente defesa política de um projeto desportivo para Portugal, para cujo efeito, o Benfica tem toda a legitimidade. 
É este o salto que falta dar!

Benfica-Belenenses 1-1




O Porto tem é que ganhar; viva o Porto!

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Contas externas:boas notícias em Julho...

4R - Quarta República: Contas externas: (bastante) boas notícias em Julho...: 1. Divulgada a 19 do corrente, a edição mensal do Boletim Estatístico do BdeP (um excelente documento, este Boletim) mostra uma evolução ba...

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Benfica-Anderlecht 2-0

      Bom jogo, excelente vitória. A dinâmica da equipa do Benfica durante toda a 1ª parte, foi soberba; com muita mobilidade coletiva, muita pressão sobre o adversário, muita entreajuda, muita qualidade técnica e muita pressão sobre o adversário. Gostei de ver, até porque, o Anderlecht, é um clube histórico, de uma boa escola de futebol, que soube criar grandes dificuldades, batendo-se muito bem; com bom coletivo, muita velocidade, amplitude, profundidade e agressividade, embora fraco nos cantos. 

Foi notória a maior consistência defensiva da equipa do Benfica, graças, sobretudo, às entradas de Siqueira  e Fejsa; nem parece que acabaram de chegar à equipa! Também André Almeida e Artur Morais estiveram acima do habitual, talvez devido à confiança induzida pelos novos colegas. E aqui está um dos principais ingredientes do crescimento competitivo; confiança com talento! Sem talento e trabalho não há boas equipas; não vale a pena inventar, mas...sem confiança, não há talento e trabalho que bastem.

Com Fejsa e Matic o nosso meio-campo ganha músculo, pulmão e disponibilidade para a construção. É aqui que a equipa ainda tem que evoluir, na criatividade ofensiva; julgo porém que Djuricic tem qualidades para a função, ele que, quanto a mim, foi o homem deste jogo; concentrado, tecnicista e inteligente, marcou o primeiro golo numa recarga oportuna e, num passe de cabeça primoroso, proporcionou a Luisão um golo de belo efeito. É de mestre!

Na frente de ataque Cardozo esteve muito bem, com a curiosidade de ter aparecido na esquerda em dribles exuberantes, mantendo a defesa contrária sempre em sobressalto. Markovic, além das qualidades ofensivas já conhecidas, revelou grande eficácia na recuperação avançada. Enzo, foi incansável a atacar e defender, tendo intervindo no lance do 1º golo; é mais um jogador à Benfica!

Na 2ª parte, o jogo mudou de feição, com o Anderlecht muito alto, a assumi-lo com muita amplitude e velocidade e o Benfica mais contido, explorando o contragolpe que poderia ter rendido mais dois golos; um por Cardozo - falhou a receção -, outro por Markovic - falhou a opção. Não gostei do final, em que a equipa circulou a bola à espera do apito - o Artur, mais uma vez, ia "borrando" a pintura - em vez de atacar a baliza contrária, como teve possibilidade de fazer e o público pedia.

Enfim; há progressos evidentes na equipa, com mais e melhores soluções, percebe-se que há potencial, faltando evoluir e consolidar todos os processos de jogo, bem como restaurar definitivamente a confiança, sobretudo a Artur , o que acontecerá com mais vitórias como esta.

Parabéns à equipa.

Pedreiro Português - facto verídico


Mão amiga, a quem estou grato, fez-me chegar este hilariante texto:


 Após ler o relatório, a Seguradora pagou o seguro; abaixo está a explicação de um operário português, acidentado no trabalho, à  Cª Seguradora. A Cª de Seguros havia estranhado tantas fraturas em uma só pessoa, num mesmo acidente. Curioso é o facto de se tratar de um caso verídico cuja transcrição foi obtida por meio de cópia dos arquivos da Cª Seguradora envolvida. O caso foi julgado pelo Tribunal do Concelho de Cascais - Lisboa- Portugal.

À Cª Seguradora.


Ex mos. Senhores,

Em resposta ao seu gentil pedido de informações adicionais, esclareço:
No quesito nº 3 da comunicação do sinistro mencionei:'tentando fazer o trabalho sozinho' como causa do meu acidente. Na vossa carta V. Sas. pedem-me uma explicação mais pormenorizada, pelo que espero sejam suficientes os seguintes detalhes:

   Sou assentador de tijolos e no dia do acidente estava a trabalhar sozinho num telhado de um prédio de 6 (seis) andares. Ao terminar o meu trabalho, verifiquei que haviam sobrado 250 kg de tijolos. Em vez de levá-los à mão para baixo (o que seria uma asneira), decidi colocá-los dentro de um barril, e, com ajuda de uma roldana, a qual felizmente estava fixada num dos lados do edifício (mais precisamente no sexto andar), descê-los até ao térreo.


Desci até o térreo, amarrei o barril com uma corda e subi para o sexto andar, de onde puxei o dito cujo para cima, colocando os tijolos no seu interior. Retornei em seguida para o térreo, desatei a corda e segurei-a com força para que os tijolos (250 Kg) descessem lentamente. Surpreendentemente,senti-me violentamente alçado do chão e, perdendo a presença de espírito, com o susto, esqueci-me de largar a corda ... Acho desnecessário dizer que fui içado do chão a grande velocidade.


Nas proximidades do terceiro andar bati com a cara no barril que vinha a descer. Ficam, pois, explicadas as fraturas do maxilar e das clavículas.


Continuei a subir a uma velocidade um pouco menor, somente parando quando os meus dedos ficaram entalados na roldana. Felizmente, nesse momento já recuperara a minha presença de espírito e consegui, apesar das fortes dores, agarrar a corda. 
Simultaneamente, no entanto, o barril com os tijolos caiu ao chão, partindo-se o fundo. Sem os tijolos, o barril pesava aproximadamente 25 kg. Como podem imaginar, comecei a cair vertiginosamente, agarrado à corda, sendo que, próximo ao terceiro andar, quem encontrei? Ora pois, o barril que vinha a subir. Ficam explicadas as fraturas dos tornozelos e as lacerações das pernas. 

Felizmente, com a redução da velocidade da minha descida, veio minimizar os meus sofrimentos quando caí em cima dos tijolos em baixo, pois felizmente só fraturei três vértebras. 

No entanto, lamento informar que ainda houve agravamento do sinistro, pois quando me encontrava caído sobre os tijolos estava incapacitado de me levantar, porém pude finalmente soltar a corda!

O problema é que o barril, que pesava mais do que a corda, desceu e caiu em cima de mim, fraturando-me as pernas. 

Espero ter fornecido as informações complementares que me haviam sido solicitadas. 

Esclareço que este relatório foi escrito pela minha enfermeira, pois os meus dedos ainda não estão recuperados.

Atenciosamente,

António Maria  Pessoa de Coimbra

domingo, 15 de setembro de 2013

Benfica-Paços de Ferreira (3-1)

A equipa do Benfica entrou confiante, com boa dinâmica, muita concentração tática e excelente qualidade técnica nos lances capitais, perante um PF sem complexos nem remorsos que disputou o jogo, todo o tempo em todo o campo, com grande disponibilidade física, sempre com  sentido na baliza adversária.

Qualquer dos três golos da equipa do Benfica revelou algo essencial a não esquecer quando se aspira ao topo; qualidade técnica!, não há boas equipas sem bons jogadores! À confiança e  treino, juntou-se a primorosa execução de todos os jogadores envolvidos nestes lances.  Finalmente, podemos assistir a um canto bem marcado - Enzo - bem trabalhado - Luisão - e bem finalizado - Garay! É esta a gazua dos blocos.

Cardozo pode ser mais ou menos exuberante, pode até nem tocar na bola, mas a sua presença potencia o desempenho dos colegas. Cardozo, marca indelevelmente a identidade do Benfica da atualidade; é bom não o esquecer e tratar da sucessão a tempo. Oxalá Funes Mori esteja à altura da missão.

Enzo tem técnica e alma Benfiquista; segurem-no, por favor! Pelo corredor direito revelou-se um caso sério! Estou menos preocupado com a ausência do grande Sálvio - recupera depressa ff.

Markovic, interveniente precioso nos lances do 1º e do 2º golos, tem o toque dos grandes jogadores; com menor raio de ação devido ao posicionamento na esquerda, integrou-se sempre bem nos lances, revelando excelente leitura, qualidade de execução e velocidade insuperável. Dá gosto vê-lo jogar.

Lima, vagabundeou por toda a frente de ataque concebendo brilhantemente o lance do 1º golo, no qual, pela esquerda, executou cruzamento primoroso, para finalização de Enzo, em espaço proporcionado pela movimentação de Cardozo.

Fejsa veio para ficar, melhorando a consistência defensiva e proporcionando maior capacidade criativa ao meio-campo, onde estivemos frágeis nos jogos decisivos da época passada e onde ainda temos que melhorar o posicionamento e a construção.

Siqueira é o nosso homem; conhece bem a posição, necessitando de melhor condição física e maior integração ofensiva.

Garay, juntamente com Enzo, foi o homem do jogo; precisão, concentração, serenidade e finalização! Agarrem-no ff! Precisamos dele por muitos anos!

Luisão bem, Máxi bem mas, Matic bem, Artur bem mas mas - cometeu erro típico que, noutras circunstâncias, teria sido fatal!, é preciso ver e resolver o que se passa!

Quanto ao PF, destaque para Rubem Bibeiro com um excelente golo e para Bébé, que revelou qualidades suficientes para justificar acompanhamento atento; Luisão, salvou na linha de golo um seu remate após desfeitear Garay e Artur; Bébé é decidido, tem força, velocidade e bom remate.

Mais uma vez ficou demonstrado que os jogos das seleções condicionam extraordinariamente o desempenho nos respetivos clubes dos atletas que nelas participam pondo em causa o sucesso desportivo e financeiro daqueles, em virtude do cansaço  e lesões que induz nestes e induzindo sobre-investimento dos clubes. Há que pôr ordem nisto!

Noutro plano, ao reparar na publicidade ao BIC nas camisolas do PF, compulsivamente, ocorreu-me que, BIC é Amorim e Amorim é Porto, consistindo esta publicidade parte da contrapartida da venda do último jogo da época transata que inviabilizou a conquista do título pelo Benfica. Quanto a Costinha, será mais um olheiro e mensageiro da exemplar estrutura, que também por esta via condiciona o desempenho dos adversários. Pois é; em Portugal , há comércio semi-oculto de jogos de futebol! Tudo simbolizando o sucesso político e social do regime...como, aliás, está bem à vista.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

FRIGORIGÉNIOS; REGRESSO AO PASSADO!




Quatro a cinco décadas atrás, quem diria que o "velho" e "obsoleto" dióxido de Carbono viria a ser um dos frigorigénios do futuro, tal como o  seu "velho" e "obsoleto" companheiro, o amoníaco anidro? Perante um dos, anunciados, maiores progressos da indústria química que algumas décadas antes sintetizara os "seguros" freons que viriam a proporcionar a expansão do uso dos sistemas frigoríficos à preservação dos produtos alimentares constituindo um dos maiores fatores de progresso económico e social da humanidade, quem duvidaria da sua postergação à obsolência? Ninguém, digo eu!
 
As perturbações ambientais relacionadas com a degradação da camada de ozono e o aquecimento global, mobilizaram os esforços políticos e científicos gerais, tendo-se identificado o cloro, constituinte de todas as moléculas dos comuns freons - clorofluorocarbonetos -,  ao provocar o decaimento do Ozono estratosférico, como principal causa da destruição dessa "nuvem" protetora dos mortíferos raios ultra-violetas solares.
 
Um grupo maioritário de países reunido em Montreal, estabeleceu, através do celebre "Protocolo de Montreal", para os países desenvolvidos, um calendário para a retirada de uso de todos os frigorigénios com cloro na sua composição; foi o fim dos freons! Primeiro, foram os clorofluorocarbonetos - os nossos "amigos" R12 e R502, entre outros -, a seguir, foram os hidroclorofluorocarbonos - entre os quais, o nosso grande amigo R22, cujo uso está totalmente interdito na europa a partir de 31 de dezembro de 2015.
 
"Nasceram" então os hidrofluorocarbonetos - os conhecidos e já "domesticados" HFCs, R134a, R404a  e R507, entre muitos outros - já sem o "maléfico" cloro na sua composição molecular, os quais, mediante esforço económico e financeiro "astronómico" substituiram na europa a quase totalidade dos velhos freons. Porém, se estes novos frigorigénios, apresentam nulo impacto na camada de Ozono - ODP=0; ozone depletion potential - o mesmo não se pode dizer quanto ao produzido no efeito de estufa, responsável - segundo a corrente científica dominante -, pelo aquecimento global!
 
De facto, estes frigorigénios apresentam um GWP - global warming potential; impacto potencial total; direto  ("fugas de gás") e indireto (emissão de CO2 associado à energia total absorvida no processo frigorífico) -, bem superior aos  correspondentes velhinhos freons! 
 
E veio o "Protocolo de Quioto", onde, o agora alargado grupo de países signatários do "Protocolo de Montreal", perante e emergência  da necessidade do controlo térmico do planeta, assumiu o compromisso de redução multisetorial de emissões de CO2, preparando atualmente a Comissão Europeia, uma proposta de calendarização da redução do uso dos hidrofluorocarbonetos até à sua quase total extinção! O fim dos HFCs está traçado (2020 é o proposto)!
 
É aqui que entra o "obsoleto" CO2; fluido natural, com ODP=0 e GWP=1 - o GWP do R404a é de cerca de 4000 e  o do R134a, de 1800! -, relativamente seguro e altamente eficiente face aos novíssimos e já obsoletos HFCs, o CO2 é hoje um dos frigorigénios do futuro, com implementação crescente nos sistemas frigoríficos comerciais e industriais, sobretudo nos países de baixas temperaturas médias máximas, como os do norte da europa. Irónico, dispendioso e comprometedor para as comunidades científica e politica, sobretudo do Mundo Ocidental!
 
Tudo isto para introduzir a experiência laboratorial que a Danfoss apresenta neste vídeo de sua autoria, onde podemos observar as mudanças de fase do CO2 em função da pressão e  da   temperatura, com destaque para os valores especialmente elevados daquela - até aos 140 bar - , o ponto crítico e o ponto triplo; este, apresentando a "bizarria" de proporcinar a coexistência das três fases, algo único no universo dos frigorigénios.

Parabéns à Danfoss  - a entidade a quem Portugal mais deve no âmbito da formação na tecnologia da refrigeração - por mais este excelente trabalho.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O SISTEMA!

O processo do Apito Dourado mostrou o que todos já sabíamos mas não podíamos afirmar em público, Pinto da Costa e Valentim Loureiro, eram os grandes manipuladores dos bastidores da bola, ficando assim clarificada a causa do padrão dos recorrentes erros dos juízes de campo bem como a lógi das promoções dos mesmos à categoria de "destacados" internacionais. Na verdade, ao observador do futebol, não era necessária grande sagacidade para perceber o que se passava dentro do campo, além do jogo.

O facto é que, sempre entendi que tais personagens constituíam apenas a parte visível de um poderoso e multifacetado grupo de interesses - políticos e económicos - que usa o FCP como alavancamento dos seus propósitos de expansão e domínio, a ponto de propiciar a subjugação de uma cidade, nomeadamente dos restantes clubes e partidos políticos locais, aos interesses daquele.

O jornal Diário Económico de 10 de Setembro de 2013, noticia na sua pág. 3 que o BCP e o BES estão em vias de assinar um memorando de entendimento com Joaquim Oliveira com vista a mudar a estrutura accionista da Controlinveste. De acordo com o modelo em negociação, que parece envolver investidores angolanos, a dívida será reduzida em cerca de 70 %, passando de cerca de 230 milhões de euros para cerca de 64 milhões, sendo que, os angolanos, exigem redução daquela a 40 milhões.

Se é certo que o BES não recorreu a financiamento do Estado para recapitalização, já o BCP beneficiou de financiamento público da ordem dos 1300 milhões de euros, salvo erro (teve um prejuízo no 1º semestre deste ano da ordem dos 500 ME e prepara-se para fechar cerca de 100 balcões e despedir cerca de 1250 trabalhadores até 2015)! Apoio este destinado a colmatar grande parte das graves irregularidades que por lá aconteceram e são, hoje, do domínio público! Apoio, que tanta falta tem feito ao relançamento da nossa economia e que, certamente, todos iremos pagar com língua de palmo (salvo seja)! Como é possível que o Banco de Portugal e o Estado, consintam num disparate destes? Como é possível este insulto aos Portugueses?

É possível, exatamente, pela mesma razão que tem sido possível, ano após ano, década após década, consentir no esbulhamento desportivo que tem sido infligido ao Benfica, como se  este tivesse que espiar, sem protestos, as mal feitorias do regime anterior a título da pretensa credibilização desta decepcionante democracia.

Foram precisamente aquelas duas entidades, BES e BCP, que congelaram as contas do Benfica no tempo de Vale e Azevedo, quando este denunciou o contrato de direitos desportivos do clube com a Olivedesportos, ameaçando matar à nascença o "império" de Joaquim Oliveira que veio a ser o principal suporte do domínio e difusão do portismo, no desporto e na comunicação social, e que, associado a outros poderes, ameaça "colonizar" o país!

BES, BCP e GOVERNO; está aqui o sistema! Pinto da Costa, não passa de um "parvo alegre"(salvo seja), quanto a mim, sociopata, sedento de glória pessoal, obcecado pelo sucesso do Benfica, incapaz de perceber a essência daquela, eterno ignorante!

Não tenho a menor dúvida de que, sem influência política - apartidária, diga-se -, o Benfica  não conseguirá emergir do colete de forças em que se encontra, apesar dos extraordinários esforços da atual Direcção. E não me digam que tal é anti-ético  pois reside no argumento político, desavergonhadamente explícito,  a força do FCP, constituindo um dos grandes paradoxos do regime, que se afirma justo, sendo, afinal, discriminatório, nomeadamente no desporto, à guisa dos velhos regimes "fascistas" que tanto afirmam repudiar.

domingo, 8 de setembro de 2013

GUERRA NA ESCOLA!


O ensino transformou-se, desde há muito, num campo de batalha ideológica por excelência. A sua massificação nas sociedades modernas, constitui, em muitos casos, um dos maiores paradoxos do mundo ocidental. A liberdade de expressão e igualdade de oportunidades exaustivamente apregoados pelos poderes dominantes, contrastam com a manipulação ideológica que, formal e informalmente, contaminam e descredibilizam os sistemas de ensino. Tal ocorre, em geral, no sistema de ensino público em Portugal, onde as escolas, sobretudo no secundário e superior, se transformaram numa espécie de madrassas socialistas, fábricas de "chouriços" - salvo seja e salvo exceções - onde, subliminarmente ou explicitamente, são induzidos os fundamentos daquela ideologia e desenvolvida a intolerância face à dissidência relativamente àquela corrente dominante.


Nada mais eficaz para difundir uma doutrina do que dispor de uma legião de professores pacientemente trabalhados desde a adolescência para esse fim nos estabelecimentos de ensino. Tudo, em simultâneo com o enunciado hipócrita da liberdade de expressão, da igualdade de oportunidades e do direito à indignação. Trata-se, afinal, de formatar as futuras clientelas partidárias através do "proletariado" do marxismo moderno: o funcionalismo público; neste caso, os corpos docentes dos estabelecimentos de ensino. É caso para dizer que, quem não tem gato caça com cão!
 
Vem toda esta resenha a propósito do tradicional conflito entre ensino público e ensino privado, agora reeditado, com os esquerdistas a defenderem aquele e os direitistas este. Alegam aqueles que o ensino público constitui a melhor forma de o Estado garantir o acesso de todos os cidadãos à educação, e estes, que este direito não deve colidir com o de livre escolha de cada um.


O modelo de exclusividade do ensino público está na origem da ineficiência histórica do nosso sistema de ensino atual - face aos nossos parceiros europeus, temos um dos maiores rácios professor/alunos, uma das maiores taxas de abandono escolar, um dos maiores custos globais face ao PIB e um dos maiores custos unitários (custo/aluno). Tal ocorre devido a falta de concorrência, traduzindo-se, tal como ocorre noutros sectores - no da saúde, por exemplo -, na distorção da missão da escola que, progressivamente, se foi deslocando do aluno para a super-estrutura. Acresce a constatação do encarecimento contínuo dos encargos diretos e indiretos da educação, nomeadamente da obrigatória, razão central do abandono escolar, constituindo em si mesmo o desmascaramento de um regime hipócrita, demagógico e discriminatório, que querem fazer passar por democrático.
 
Com este modelo ficam os pais e os alunos, reféns dos mandantes do regime - as oligarquias partidárias -, desobrigando-se de refletir, comparar, indagar, questionar e questionar-se acerca da educação que melhor serve as suas aspirações de vida e dos seus filhos. Caem pois por terra as recorrentes acusações aos pais do seu desinteresse pela educação dos seus descendentes!, pois se o sistema vigente lhes é imposto em toda a extensão!...Podemos, aliás, identificar, também aqui, tendências totalitárias que, pouco a pouco se vão disseminando em alguns regimes ocidentais, particularmente na UE, sempre sob o diáfano e largo chapéu "democrático".

Claro que o Estado deve assegurar a todos os cidadãos, TODOS SEM EXCEPÇÃO, acesso à educação, garantindo os padrões vigentes na comunidade internacional, garantindo em simultâneo o direito de cada família escolher o estabelecimento de ensino que mais lhe agrade. Tal deverá ocorrer em modelo misto, em livre concorrência, onde cada estabelecimento tenha que demonstrar continuamente as suas qualidades e capacidades. Deste modo, acabar-se-á com a manipulação do ensino, com as fábricas de "chouriços" de onde todos saem debitando igual e gasto paleio, com os refúgios de inaptos e incompetentes que se fazem passar por sábios, muitos deles sem nunca terem plantado uma flor ou, sequer, um repolho! Trata-se, afinal, do respeito pela soberania de cada um, num amplo quadro de valores comuns, numa sociedade plural, autenticamente democrática.

Evidentemente que, tal não agradaria aos partidários dos sistemas monolíticos ou seus derivados que assim perderiam a formação e controle das clientelas futuras. Mas não é disso que devem tratar as Democracias, pois não?

sábado, 7 de setembro de 2013

CARLOS LOPES; UM DISTINTO CAMPEÃO!


Carlos Lopes é um dos meus heróis desportivos de eleição. Jamais esquecerei a sua figura franzina e destemida na frente das corridas, resistindo sem pestanejar os ataques dos adversários, aguardando o seu momento; o momento em que deixaria todos para trás, brancos, pretos ou amarelos, na direção da meta, que parecia esperá-lo. Lopes, sob a batuta de Moniz Pereira, venceu a barreira da mediocridade que caracterizara até aí o desempenho internacional do atletismo nacional. Além da morfologia propícia ao meio-fundo e fundo, Lopes distinguia-se, acima de tudo, pela determinação e coragem inauditas que lhe permitiam enfrentar fosse quem fosse, fosse onde fosse, dentro ou fora da pista!

Um grande campeão que superou a barreira clubística arrebatando o entusiasmo de todos os que admiram o mérito desportivo. Por tudo isto lhe estou grato e muito satisfeito pela sua recente nomeação para Diretor do Departamento de Atletismo do SCP; é o homem certo no lugar certo. Desejo-lhe felicidades, ansiando que o meu Benfica mantenha a trajetória ascendente desta modalidade que tão brilhantemente tem vindo ser desenvolvida pela nossa extraordinária Ana Oliveira. Grandes adversários fazem grandes campeões.

Um grande abraço Carlos Lopes!
Biografia (wikipédia):
A família Lopes era modesta. Carlos começou a trabalhar como servente de pedreiro, ainda não tinha onze anos, para ajudar a sustentar a casa de família. Mais tarde, foi empregado de mercearia, relojoeiro e contínuo. Enquanto adolescente, Lopes ambicionava jogar futebol no Lusitano de Vildemoinhos, o clube da sua aldeia. O clube rejeitou-o por ser excessivamente magro. Como ele próprio contou mais tarde, o atletismo surgiu por acaso. Numa correria com amigos, durante a noite, ao voltar de um baile (correndo em parte para afastar o medo que o vento uivante lhes fazia), Carlos Lopes foi o primeiro, batendo um grupo de rapazes da sua idade que treinavam regularmente e já se dedicavam ao atletismo. Foi nesse grupo de adolescentes que nasceu a ideia de criar um núcleo de atletismo no Lusitano de Vildemoinhos.

A primeira prova oficial de Lopes foi numa corrida de São Silvestre; tinha dezesseis anos. Lopes ficou em segundo lugar, pese embora a presença de corredores bem mais experientes. Pouco tempo depois, ganhou o campeonato distrital de Viseu de crosse, e quase de seguida foi terceiro no Campeonato Nacional de Corta-mato para juniores. Essa classificação, levou-o pela primeira vez ao Cross das Nações, em Rabat, Marrocos. Lopes foi o melhor português, em 25º lugar. Lopes tinha então dezessete anos.

Em 1967, Carlos Lopes foi recrutado pelo Sporting Clube de Portugal, de Lisboa. A ida para Lisboa, deveu-se tanto a razões desportivas, como à promessa de um melhor emprego como serralheiro. É no Sporting que encontra o treinador da sua vida, Mário Moniz Pereira. Moniz Pereira foi o mentor de várias gerações de atletas portugueses de fundo e meio-fundo.

Em 1975, Carlos Lopes e alguns outros atletas do Sporting passam a treinar duas vezes por dia. Lopes era dispensado do seu emprego (entretanto foi contínuo no jornal Diário Popular e num banco) na parte da manhã. Entrava-se assim, na era do semi-profissionalismo.

Em 1976, Lopes ganha pela primeira vez o Campeonato do Mundo de Corta-Mato, que nesse ano se realizava em Chepstown, no País de Gales. Como mais tarde viria a demonstrar, Lopes fez uma corrida demonstrando uma enorme auto-confiança, mostrando resistência, sentido táctico e muito boa ponta final (sprint).
Carlos Lopes, que já tinha estado sem glória nos Jogos de Munique em 1972, era uma das maiores esperanças portuguesas para os Jogos Olímpicos de Montreal, no Verão de 1976. Lopes teve, aliás, a honra de ser o porta-bandeira da equipa portuguesa durante a cerimónia inaugural.
Na final dos 10 000 metros, Carlos Lopes forçou o andamento desde o início. Seguindo as instruções de Moniz Pereira, a táctica era a de rebentar com a concorrência (ou com ele próprio). De facto, Carlos Lopes iniciou o último meio quilómetro bem adiantado do pelotão. Mas não ia só. Lasse Viren, da Finlândia, tinha sido o único a conseguir acompanhar Lopes. Nas últimas centenas de metros, Viren atacou forte, ultrapassou Lopes e ganhou a medalha de ouro. Lopes foi segundo e teve de se contentar com a prata. O finlandês era um atleta de excepção, e ganhou também o ouro nos 5 000 metros.
Era a primeira vez, desde há décadas, que Portugal conquistava uma medalha olímpica, e a primeira vez no atletismo.
Em 12 de Agosto, Carlos Lopes venceu a prova de maratona nos Jogos de 1984, tornando-se o primeiro português a ser medalhado com o ouro nos Jogos Olímpicos.2 A prova foi rápida, e a marca atingida (2h9m21s) foi recorde olímpico até aos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008.

Cquote1.svgCarlos Lopes
Mais do que ser primeiro
Herói é quem
Sabe dar-se inteiro
E dentro de si mesmo, ir mais além.
Cquote2.svg
Em 2013, Carlos Lopes foi nomeado diretor do departamento de atletismo do Sporting Clube de Portugal .
Recordes Pessoais:
Palmarés[editar]
Campeonatos Nacionais[editar]
Jogos Olímpicos[editar]
Campeonatos do Mundo[editar]
Campeonatos da Europa[editar]
Campeonatos do Mundo de Corta-mato[editar]