Desporto

domingo, 31 de março de 2013

Benfica-Rio Ave (6-1)


In Público online de 30 de Março de 2013
 
A abordagem pragmática que Jorge Jesus exigiu à equipa para a recepção ao Rio Ave, prescindindo do espectáculo e considerando suficiente um triunfo pela margem mínima, os jogadores “encarnados” responderam com uma goleada, por 6-1, e com apontamentos artísticos na Luz. A partida ficou resolvida na primeira parte, mantendo os lisboetas a vantagem de quatro pontos sobre o FC Porto na liderança.
 
Não fez mal a paragem do campeonato ao Benfica, como o comprovaram in loco os 46 mil adeptos benfiquistas nas bancadas. Frente a um adversário que tem sido uma das equipas-sensação desta temporada na Liga, os líderes isolados do campeonato não facilitaram e ainda o cronómetro marcava os 15’, já tudo parecia resolvido, com dois golos que acabaram com as ambições dos visitantes, que sofreram 16 golos nas três últimas deslocações à Luz para a principal competição nacional. 
A recuperar de um problema muscular, Cardozo começou a partida no banco, por precaução, abrindo as portas da titularidade a Rodrigo, algo que não acontecia desde o dia 17 de Fevereiro. Moralizado pelos golos que apontou à Noruega e à Rússia, ao serviço da selecção de sub-21, que o tornaram no melhor marcador da equipa, o espanhol acompanhou Lima no ataque “encarnado”.
Mais aguardado foi o regresso de Luisão, recuperado de uma lesão, ao eixo da defesa, onde voltou a fazer dupla com Garay. De resto não se registaram mais novidades em relação à equipa que goleou na última ronda o V. Guimarães, no Minho, por 4-0.
Frente a um adversário que luta pelos lugares europeus, o Benfica precisou de um quarto de hora para deixar a partida praticamente resolvida. De nada valeram as cautelas defensivas reforçadas de Nuno Espírito Santo, com cinco unidades mais recuadas (três centrais). Se inicialmente conseguiu manter controladas as unidades mais ofensivas dos lisboetas, foi impotente para travar dois carrascos menos habituais.
 
O primeiro foi de Melgarejo (11’) e o segundo de Matic (15’). Dois golos que tiveram ainda em comum as assistências de Nico Gaitán. Pelo meio destes dois lances fatais para o Rio Ave, a equipa de Vila do Conde viu a barra devolver um remate de Ukra, na cobrança de um livre perigoso, à entrada da área. Minutos iniciais frenéticos, que tiveram o condão de condicionar desde logo a estratégia dos visitantes.
 
Uma iniciativa individual de Bebé ( 26’), que não conseguiu ter força para bater Artur, depois de um longo sprint no meio-campo benfiquista foi o melhor que os nortenhos conseguiram na primeira metade. Bem mais eficazes, os lisboetas encerraram de vez a questão dos três pontos em disputa, aos 41’, quando Lima apontou o terceiro golo, desviando para as redes um cruzamento de Enzo Pérez.
 
Com encontro marcado com os ingleses do Newcastle na Luz, na próxima quinta-feira, na primeira mão dos quartos-de-final da Liga Europa, Jorge Jesus teve espaço de manobra para aplicar um plano de gestão de esforço da equipa na segunda metade. Salvio, tocado no final do primeiro tempo, já não regressou para o reatamento, cedendo o lugar a Ola John. Uma alteração que não trouxe grandes novidades para a história do encontro. Na realidade, a partida reiniciou-se como havia sido interrompida para o intervalo: com um golo de Lima (49’).
 
Se no seu primeiro golo, o avançado se limitou a encostar, no segundo meteu uma nota artística na jogada, com um grande remate de pé esquerdo à entrada da área. E o brasileiro não ficou por aqui. Aos 76’, confirmou um hat-trick, instantes depois de Cardozo ter entrado (para o lugar de Gaitán) para lhe fazer companhia no ataque. A oito minutos do final, Enzo Pérez colocou a contagem da equipa da casa nos seis golos.
 
Antes, o Rio Ave ainda diminuiu a desvantagem com o golo de honra (51’), apontado por Hassan. Foi o derradeiro fôlego dos visitantes, antes de ficarem reduzidos a dez elementos, por expulsão de Wires, e depois a nove (Edimar). Nos descontos, Melgarejo seguiu o mesmo caminho e falhará a deslocação ao terreno do Olhanense na próxima ronda.
 
Ficam a faltar seis “etapas” ao Benfica, com uma passagem pelo Estádio do Dragão, na corrida pelo título.
 
 
 
 
 
 
Comentário Zaratustra: 
 
Preocuparam-me os amarelos e a expulsão de Melgarejo. Cardozo não entrou bem; falhou duas boas oportunidades. Gaitan, Enzo e Lima arrazaram.
 
Prego a fundo, rapazes!
 

sábado, 30 de março de 2013

Unidos contra a corrupção! Ver para crer!

 Gianni Infantino e Michel Platini

Publicado: Quinta-feira, 28 de Março de 2013, 18.10CET

Unidade contra viciação de resultados e racismo


O Presidente da UEFA, Michel Platini, acolheu com agrado as importantes demonstrações de união do futebol europeu em Sófia, esta semana, nas quais os intervenientes principais da modalidade prometeram esforço adicional na luta contra a viciação de resultados e o racismo.
 
Federações europeias, representadas pela UEFA, clubes (Associação Europeia de Clubes), ligas (Associação das Ligas Europeias de Futebol Profissional) e jogadores (divisão europeia da FIFPro) adoptaram unanimemente um documento de posição conjunta, que inclui um plano de acção para proteger a integridade do futebol e reforçar a batalha contra a viciação de resultados. O Comité Executivo da UEFA também ratificou o documento na reunião efectuada na capital da Bulgária, esta quinta-feira.

O plano de acção passa por uma política de tolerância zero contra a viciação de resultados no futebol, situação que a UEFA, em particular, considera como uma das mais sérias ameaças ao bem-estar global do futebol, facto que Michel Platini foi célere em destacar. "Assim que temos conhecimento de algo importante, e temos provas de corrupção em jogos, as sanções são de 'tolerância zero'", disse. "Conto com o mundo do futebol, e todos aqueles que amam a modalidade, para ajudar a erradicar este flagelo porque a viciação de resultados é o problema mais importante que afecta o futebol."

"Se no futuro forem assistir a um jogo e já souberem o resultado", acrescentou o Presidente da UEFA, "não vale a pena sequer irem. O nosso desporto será aniquilado. Devemos proteger o futebol e ser implacáveis para aqueles que quebrarem as regras – jogadores, árbitros, dirigentes. Existirá tolerância zero. É uma questão de defendermos o nosso jogo. Todos nós amamos o futebol e devemos protegê-lo. Não vamos desistir."

A UEFA introduziu uma série de medidas e actividades, como parte dos seus esforços para eliminar a viciação de resultados. Entre esse lote inclui-se um sistema de detecção de fraudes (BFDS) que monitoriza cerca de 30 mil encontros de campeonatos e taças nacionais por toda a Europa, bem como jogos em competições da UEFA. A UEFA está a construir uma base de dados interna alargada contendo informação relacionada com jogos proveniente de diferentes fontes, que permite ao órgão gestor europeu trabalhar em conjunto com autoridades policiais e entidades estatais, nos seus inquéritos em casos de corrupção.

A UEFA também utiliza delegados de integridade nas 53 federações suas filiadas que trabalham contra a viciação de resultados a nível nacional, ajudando a introduzir programas educativos para jogadores, árbitros e dirigentes. Servem igualmente como elo de ligação com a UEFA em qualquer tipo de assunto que surja, envolvendo jogos ou equipas suas que participem nas competições da UEFA.

Em relação ao racismo no futebol, o Concelho Estratégico do Futebol Profissional também adoptou uma resolução cujo objectivo é combater o racismo e a discriminação. Mais uma vez, é apoiada uma política de tolerância zero e existe um forte apelo para que sejam impostos castigos severos. Para além disso, é dado apoio aos árbitros que decidam interromper jogos em caso de manifestações de racismo.

"É um problema gigantesco", disse Platini a propósito de fenómenos negativos como o racismo, discriminação e intolerância. "Afecta pessoas que não têm nada a ver com o futebol. Temos de tentar combatê-lo em duas frentes – de forma pedagógica, através de todos os programas que estamos a levar a cabo com organizações internacionais, e através de sanções. É nosso dever lutar contra o racismo."

Platini expressou satisfação pelos progressos do sistema de árbitros assistentes adicionais, que se tornou parte das Lei do Jogo em Julho passado, utilizado no UEFA EURO 2012 e actualmente colocado em prática nas principais competições de clubes da UEFA. Em Sófia, o Comité Executivo aprovou financiamento específico, na forma de dez milhões de euros de ajuda, às federações ao longo de três anos para implementação do programa de árbitros assistentes adicionais.

"O International Board aceitou o sistema de cinco árbitros", reflectiu o Presidente da UEFA, "e vamos prosseguir com este sistema nas nossas competições. Não tem nada de negativo – existem dois pares de olhos extra que vão ver os lances muito melhor do que acontecia antes. Na UEFA Champions League, estou muito satisfeito por ver o que está a acontecer – praticamente não existem erros, e os árbitros observam tudo o que se passa dentro de campo."


Comentário Zaratustra:

Espero que Pinto da Costa, Lourenço Pinto, Filipe Menezes, Pedro Proença, Carlos Xistra, Elmano Santos, Artur Soares Dias, Fernando Gomes, Fernando Mestre & C.ª, tenham estado presentes e estejam em sintonia com o desígnio comum, agora manifestado, de combate à corrupção no futebol, e..também em Portugal!

A UEFA tem fechado os olhos à pouca vergonha que por cá se tem passado desde há mais de 20 anos! É demasiado tempo para levarmos a sério este programa, sobretudo quando nos lembramos da  forma como se coibiu de sancionar o Futebol Clube do Porto, na sequência dos mirabolantes e vergonhosos procedimentos da FPF a este propósito, afigurando-se como cúmplice aos olhos dos que, efetivamente, amam o futebol.

Não senhor Platini, nem todos amam o futebol! Os corruptos, os ladrões, os bandidos, amam mais a ideia que têm de si próprios, não hesitando em utilizar todos os meios ao seu alcance para satisfazerem a sua sede de vingança pessoal, gerada pela sua patológica incapacidade de lidar com o sucesso alheio e pela sua obcessão pelo poder, ainda que efémero e espúrio.

A UEFA tem um longo caminho a percorrer e muitas explicações a dar até conseguir reconquistar a confiança dos adeptos e restaurar neles o fascínio que fez do futebol o que já foi. E para início de conversa, deve começar por dentro, afastando dos seus quadros todos os que ativa ou passivamente, têm pactuado com o estado de corrupção generalizada a que temos vindo a assistir...a olho nú! Os que têm permitido vitórias sem causa, indiferentes às legítimas espectativas dos adeptos burlados, dos atletas humilhados, dos dirigentes subjugados, à banalização da violência e à incompetente promoção dos que mais têm contribuido para a desacreditação do futebol, como é o caso de Pedro Proença; um dos árbitros que têm  decidido os vencedores em Portugal!

Quanto ao racismo, trata-se, quanto a mim, de uma falsa questão, já que, não acredito aue haja racismo no futebol atual. Trata-se sim, de um expediente desestabilizador, habitual neste desporto, dentro e fora das quatro linhas. Tão ou mais grave é a intolerância violenta a que se tem assistido nas últimas décadas, nalgumas cidades em Portugal - Porto e Braga -, relativamente ao adeptos de clubes de outras cidades, com destaque para os Benfiquistas e até Sportinguistas, perante a passividade cúmplice das autoridades locais e nacionais.

Faço votos para que, neste programa, se passe rápidamente das palavras aos atos afastando toda a gandulagem que transformou o futebol num lamaçal fedorento.

Saberá Platini devolver ao futebol a magia que tão bem cultivou enquanto atleta de eleição? A ver vamos!

António Barreto 

A Reta da Meta!

O Benfica arranca em vantagem na ponta final do Campeonato, que se reinicia hoje após mais uma paragem idiota imposta pelo calendário das seleções, que nos deixou três titulares em dúvida para o jogo de hoje; Cardozo, Máxi e Enzo.  
 
Revelando um significativo salto organizativo proporcionado pela estabilidade e competência da Direção Desportiva e da Equipa Técnica, o meu clube tem superado todas as malfeitorias e demais contrariedades que se lhe têm deparado, muitas delas, estou convicto, induzidas pela Praga Azul que não é capaz de ganhar sem espúrias habilidades, por maior que seja a qualidade da sua equipa.
 
A prudência, tem caracterizado os comentários  Benfiquistas, receosos das armadilhas que  poderão surgir. Armadilhas  que têm nome e rosto; proença, soares, elmano, xistra, costa, etc, sem as quais, o seu clube, disporia de mais quatro pontos conquistados no terreno de jogo.
 
Tal não constitui razão bastante para sustentar o discurso da excessiva humildade, do; "ainda não ganhámos nada", "vamos a ver", "se algo correr mal",  "nada de euforias"! Um discurso próprio de "campeãozinho medroso; "porque há muito desgaste físico nesta altura", "porque o desgaste emocional é muito grande", "ai jasus que ainda podemos ser campeões", "são jogos a mais", como quem diz; "não reparem em nós que até podemos não ganhar!
 
Chega de paleio da treta! É na reta final que o piloto mete prego a fundo! É agora! É agora que o campeão se afirma, olhos nos olhos, concentrando em cada instante todas as competências de todos os que, no terreno ou nos bastidores, travaram as batalhas até à última curva.
 
É hora de mostrar aos adversários e amantes do futebol que aqui mora o campeão, apesar da canalha que se lhe atravessará no caminho. É hora de soltar todos os demónios que caracterizam os vencedores; competência, talento, determinação, entreajuda, respeito e lealdade. É hora de Benfica!
 
Vamos a eles rapazes! Fogo à peça!
 
António Barreto 
 

Mário Figueiredo resiste aos ataques da "Praga Azul"!

In A Bola em 27 de Março de 2013
A LIGA PORTUGAL vem publicamente denunciar os factos que adiante se elencam:

1. O Senhor Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, que reiteradamente tem declarado ser intransigente defensor do princípio de não ingerência do Governo no movimento associativo, permitiu, a pedido do Presidente da FPF, a inclusão, na ordem de trabalhos da próxima reunião do Conselho Nacional do Desporto, de um assunto que é da esfera privada de dois entes associativos privados – a FPF e a LIGA PORTUGAL.
 
O assunto em questão diz respeito a uma divergência de entendimentos entre essas duas
associações sobre receitas que a FPF se arroga e que a LIGA PORTUGAL entende serem da sua plena e exclusiva titularidade - uma matéria inequivocamente do foro e da autonomia privada. Ora, sob pena de incoerência e arbítrio, a propalada autonomia das instâncias associativas invocada para justificar as decisões de não ingerência do Estado, tem que funcionar em todos os sentidos.

2. Por outro lado, aparentemente, o Senhor Presidente da FPF ter-se-á esquecido do curto mandato de um ano e meio que exerceu na presidência da LIGA PORTUGAL, instituição que usou e de que se serviu para se fazer eleger para o cargo que actualmente ocupa, no desempenho do qual está, lamentavelmente, ao serviço, não dos clubes ou do futebol Português, mas de interesses instalados, designadamente na área das transmissões televisivas, que pretendem enfraquecer a LIGA PORTUGAL e tornar subservientes os clubes.

3. Com a participação das equipas “B” na II Liga, a LIGA PORTUGAL prossegue, primordialmente, o objectivo de formação e promoção de jogadores entre os 19 e os 23 anos, o que originou um acréscimo de despesas com a organização desse campeonato de cerca de um milhão e duzentos mil euros. Tal objectivo de valorização e formação local de jogadores é vital para o apetrechamento das Selecções Nacionais, finalidade que a LIGA PORTUGAL prossegue mesmo sem o apoio e a colaboração que seria expectável que a FPF manifestasse como beneficiária directa e principal desse esforço. Aliás, a FPF não só não defende interesses que, afinal, também são próprios, como vem urdindo uma estratégia – cada vez menos dissimulada – de asfixia da LIGA PORTUGAL, nomeadamente pela apropriação de receitas geradas nas e pelas competições profissionais, que, nos termos da Lei, são organizadas, regulamentadas e dirigidas pela Liga Portugal com autonomia administrativa, técnica e financeira.

4. A imprudência e ligeireza da FPF submeter a um órgão governamental a apreciação de um litígio pendente entre dois entes privados são tanto mais gravosas pelo facto de tal actuação violar o compromisso arbitral constante dos estatutos da FIFA e dos próprios estatutos da FPF, que visa eliminar a possibilidade de ingerência de entidades externas ao desporto.

5. A Liga Portugal, como representante do futebol profissional cuja autonomia é garantida por Lei, espera e exige o escrupuloso respeito dos princípios legais da liberdade e independência das instituições do movimento associativo relativamente ao Estado. 
 
 
Comentário Zaratustra:
 
Perante a ameaça de enfraquecimento do seu ramo da propaganda, a "Praga Azul" tudo tem feito para correr com o incómodo Mário Figueiredo (MF) da LP, tal como fez com Hermínio Loureiro - que "ainda hoje vai a fugir" adotando a postura do políticamente correto, depois de ter garantido o cómodo lugar de Vice-Presidente da FPF, onde se tornou irrelevante.
 
Desconhecendo a razão formal neste episódio, parece-me evidente que o objetivo consiste em vergar a determinação de MF pela asfixia financeira e consequente descontentamento dos clubes filiados. Seguro da cumplicidade da tutela, deixando cair o outrora inalienável princípio da independência associativa, Fernando Gomes apressou-se a fazer queixinhas ao Secretário de Estado do Desporto, que por sua vez fez agendar o assunto ao Conselho Nacional do Desporto.
 
Espero que MF se mantenha firme na defesa dos efetivos interesses dos clubes, libertando-os da tenaz financeira a que a Praga azul os submete, e saiba esclarecer a população acerca do papel que, quer a FPF, quer o Governo, quer os partidos, quer outros agentes do futebol internos e externos - como a UEFA e a FIFA -, desempenham na defesa da transparência no futebol, ou contra ela. Que não se acobarde como muitos têm feito, pois representa a esperança de muita gente boa.
 
António Barreto                      
 

sexta-feira, 29 de março de 2013

Consciência, esse bem precioso!

A LATA
Por Manuel Maria Carrilho
In DN de 28 de Março de 2013
 
O contrato com Sócrates para ser comentador semanal no canal público de televisão teve de partir, ou de passar, por Relvas. Isso é óbvio. E só a imagem do que terá sido essa negociação a dois dá uma ideia arrepiante, mas bem clara, do estado de degradação extrema a que chegou o regime.

É uma contratação que infelizmente não surpreende porque, na verdade, José Sócrates e Miguel Relvas são políticos siameses. Se olharmos bem para o perfil e para o percurso de um e de outro, a conclusão impõe-se como evidente. E muitas coisas estranhas se tornam, de repente, claras e compreensíveis.

A história da licenciatura de Relvas foi o primeiro sinal de uma semelhança que se revela bem mais funda: o mesmo fascínio pelo mundo dos negócios, o mesmo desprezo pela cultura e pelo mérito, o mesmo tipo de relação com a comunicação social, o mesmo apego sem princípios ao poder e, acima de tudo, a mesma lata, uma gigantesca lata! Só falta mesmo ver também Sócrates a trautear a "Grândola, Vila Morena", mas por este andar lá chegaremos...

O contrato com a RTP vem, de resto, acentuar mais uma convergência entre Sócrates e Relvas, e num ponto político extremamente sensível, que é o da conceção de serviço público de televisão. Porque, com este contrato, Sócrates aparece a cobrir inteiramente a devastação feita por Relvas no sector, e a bloquear tudo o que o PS pretenda dizer ou propor sobre o assunto. E quem cauciona o que Relvas fez aqui, cauciona tudo.

O que Sócrates deve fazer é assumir as suas responsabilidades na crise, e pedir desculpa aos portugueses - e para isso basta uma entrevista pontual, sóbria, esclarecedora e responsável. É isso que os Portugueses merecem, é disso que a nossa democracia precisa, e é a isso que o Partido Socialista tem direito. Ficar a pastar nos comentários, pelo contrário, é puro circo político, e do pior: é usar o horário nobre do serviço público de televisão para jogadas de baixa política e de pura revanche política pessoal.

Como já há tempos afirmei, Sócrates e Relvas são sem dúvida os dois políticos que mais contribuíram para a crise moral, e de confiança, que o País atravessa. Uma crise que veio agudizar todas as suspeitas com que os cidadãos olham para as suas elites dirigentes e para o continuado fracasso da sua ação.

São casos que a radical mediatização dos nossos dias facilita. Nomeadamente, porque ela abriu as portas à irrupção de um novo tipo de político, que trocou o retrato de cidadão esforçado, reservado e responsável de outros tempos, por um perfil em que o traço dominante é, simplesmente, o da lata.

E essa lata, é o quê? É sobretudo a expressão de uma afirmação pessoal sem limites de qualquer ordem, que tudo arrasa no seu caminho, num júbilo mais ou menos histérico que dispensa qualificações ou convicções que não sejam de ordem psicológica ou comunicacional. Daí, naturalmente, a excitação voluntarista e a encenação estridente que sempre a acompanham.

A lata não é certamente um exclusivo dos políticos, mas tem neles um terreno de exceção. Ela aparece hoje como um traço específico do que alguns autores têm diagnosticado como a "nova economia psíquica" do nosso tempo. É isso que leva muita gente a ver neles verdadeiros mutantes, e a lamentar nostalgicamente que, na política, tenham desaparecido os verdadeiros líderes...

Mas seja ou não de mutantes que se trata, é preciso reconhecer que os "políticos de lata" estão em sintonia com muitas transformações do mundo contemporâneo, e que é por isso que eles suscitam inegáveis apoios e vivas controvérsias. Figuras maiores, bem ilustrativas deste fenómeno, são Sílvio Berlusconi ou Nicolas Sarkozy.

Como já há tempos afirmei, Sócrates e Relvas são sem dúvida os dois políticos que mais contribuíram para a crise moral, e de confiança, que o País atravessa. Uma crise que veio agudizar todas as suspeitas com que os cidadãos olham para as suas elites dirigentes e para o continuado fracasso da sua ação.

São sempre criaturas mitómanas, destituídas de superego e, portanto, de sentido de culpa ou de responsabilidade. Revelam uma contumaz incapacidade de lidar com a frustração, que é, como Freud bem ensinou, onde começam todas as patologias verdadeiramente graves.

Com eles, tudo se dissolve num narcisismo amoral, quase delinquente, que vive entre a alucinação de todos os possíveis e a rejeição de quaisquer limites. Eles estão pois muito em linha com o paradigma do ilimitado que tem anestesiado e minado o mundo nas últimas décadas.

A lata tornou-se, deste modo, num traço político muito frequente, que anima os mais variados, e lamentáveis, tipos de voluntarismo. Não admira pois que os políticos de lata se singularizem, não pela sua dedicação a causas ou a convicções, mas pelos intermináveis casos em que se envolvem e são envolvidos.

É também por isso que eles têm sempre que tentar voltar - foi assim com Berlusconi, é o que se tem visto com Sarkozy, chegou a vez de José Sócrates. Não resistem... e todos encenam, para disfarçar a sua doentia obsessão com o poder, umas travessias do deserto mais ou menos culturais... Berlusconi com a música, Sarkozy com a literatura e o teatro, Sócrates com a filosofia.

Mas o seu compulsivo "comeback" acaba sempre por se impor, porque ele é o tributo que eles têm que pagar à sua tão vazia como ilimitada mitomania. Com consequências, atenção, que já conduziram várias sociedades e diversos países às piores tragédias. Esperemos que não seja esse, desta vez, o caso - mas o aviso aqui fica!...
 
Comentário Zaratustra
Manuel Maria Carrilho tem um curriculo académico notabilíssimo e uma obra profícua a exigir melhor atenção. Dele guardava fraco conceito, na sequência da sua passagem pela Secretaria de Estado da Cultura e  de vários episódios de então que pareciam anunciar uma personalidade narcísica e fútil, como habitualmente sucede à generalidade da "Praga Académica".
Enganei-me! Perdeu o confortável cargo na Embaixada de Paris em resultado da dissidência que não se coibiu de expressar ao ver o Governo do seu partido conduzir o país para a insolvencia! A profundidade da análise que agora faz, sobreleva, de longe, tudo o que se escreveu a propósito da recente entrevista de José Socrates à RTP1, desenvolvendo a excelente crónica de Eduardo Cintra Torres acerca do mesmo tema. A ambos pois, tributo o meu respeito.
Há, porém, algo que nenhum deles referiu e que gostaria de acrescentar; Portugal tem que sair do círculo político vicioso em que se encontra, sob pena de acabar em protectorado. Precisa de caras novas, de ideias novas, de reconfigurar a estrutura do regime, de restaurar o conceito fundador da Nação.
Sócrates é a proposta de regresso ao passado; as mesmas ideias, a mesma atitude, o mesmo vazio, a mesma incompetência, a mesma frustração. Sómente a obcessão da vingança e da reconquista da hegemonia da Tribo Socrática, apesar dos efeitos nefastos que tal induziria no esforço titânico que os portugueses estão a fazer para sair do pântano onde se encontram.
Não obstante, há uma faceta positiva no regresso de Sócrates! A de proporcionar a clarificação política da sociedade portuguesa, sem a qual o país não avançará. A prática partidária de coexistência pacífica que tem sido seguida, gerou o lamaçal do bloco central, induziu nos cidadãos a falsa ideia de inexistência de diferenciação ideológica partidária e da inutilidade do seu voto perante nova forma de totalitarismo. 
Nessa clarificação caíu, em definitivo, um mito! O mito Mário Soares! O paladino da liberdade, da verdade, da solidariedade, da tolerância, do pluralismo! Não, essa imagem não corresponde à verdade! Mário Soares nunca passou de um menino mimado com permanente necessidade de ribalta, sempre financiado por outrem. A sua pátria, o seu legado, é o PS, por quem está disposto a tudo sacrificar, inclusivé a Nação, pela qual, diz, se bateu. O seu conceito de liberdade não vai além do PS! A ponto de considerar "brilhante" o desempenho televisivo de quem humilhou um povo honrado e orgulhoso do seu passado, agora condenado à subalternidade! Tal apreciação decorre, não do mérito do visado, que o não tem, mas do singelo facto de este pertencer à sua tribo, pela expectativa de acesso do seu partido ao poder.
Ostensivamente, despreza, Mário Soares, o sentimento de repulsa que Sócrates gera na generalidade da população, que o considera indigno das prerrogativas de um homem livre. Só um "canalha" enaltece outro "canalha"!
António Barreto

quarta-feira, 27 de março de 2013

Grandes malhas

In Público de 27 de Março de 2013
Por M. Fátima Bonifácio
 
A Persistência de uma ilusão
 
"...Eis senão quando encontrei anteontem João Soares no ecran da SIC-notícias, como tantas vezes acontece. E vi-o jubilante ( o termo não é excessivo) agradecer ao Partido Comunista Português a ordem que tem presidido às manifestações de protesto em Portugal. Disse-nos que devíamos estar gratos, e atribuiu essa postura cordata , "responsável" ao "patriotismo" do PCP. Num ápice desapareceram - esqueceram-se - os pelo menos 14 milhões de pessoas que o nazismo e o estalinismo, em partes praticamente iguais, em meados do século XX assassinaram no que Timothy Snyder, um historiador brilhante e respeitado, chamou de Bloodlands - onde fica hoje em dia a Ucrânia, a Bielorússia, a Polónia, a Rússia Ocidental e a costa báltica oriental. Timothy Snyder, apoiado na mais exigente cobertura arquivistica disponibilizada nas últimas décadas, abre portas para que possamos compreender a "banalidade do mal" não apenas canonizada pelo nazismo, mas também pelo comunismo.
 
Dizem-me que a Utopia era Bela, e isso tem, miseravelmente, servido para todas as desculpas! Em primeiro lugar não era Bela: que horror, sermos todos iguaizinhos, todos dependentes do Estado, vivendo com Polícia Política e com Censura (não há Socialismo sem estes "ingredientes"); em segundo lugar, que Utupismo, mesmo celestial, vale a morte de dezenas de milhões de seres humanos?
 
Caro Dr João Soares: puxe pela memória de tudo quanto sabe dos regimes e dos partidos soviéticos. Não é nenhum patriotismo que move o PCP quando este tenta impedir a degenerescência anarquista das demonstrações. É, apenas e singelamente, a necessidade imperiosa de controlar tudo e de submeter, a cada momento, o movimento social aos superiores imperativos daquilo que eles, na sua narrativa mítica, ainda imaginam ser, o Comunismo Internacional. Para os comunistas apenas interessa a História, as pessoas contam nada - nada! Ou já se esqueceu da "homenagem à Catalunha" do Orwell?"
 
 
In Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa
Licenciou-se em História em 1977 pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Doutorou-se em História em 1990 pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde também realizou a Agregação em 1997.

Ingressou no G.I.S. (Gabinete de Investigações Sociais) em 1978 e posteriormente no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (1981), onde exerce actualmente as funções de investigador-coordenador. De 1980 a 2006 exerceu funções docentes na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

O início da sua carreira de investigadora foi marcado pela agenda historiográfica doméstica, então dominada pela Nova História e vários estruturalismos. Na sua tese de doutoramento (A via proteccionista do liberalismo português: política e economia nas relações luso-britânicas, 1834-43), rompe com as teses então consagradas sobre a sociologia do “cartismo” e “setembrismo”, mostrando que ambos os “partidos” eram dogmaticamente proteccionistas, por convicção ou pragmatismo, e que os tão encarecidos interesses livre-cambistas se limitavam afinal à produção e comércio do vinho do Porto, exclusivamente sediados nesta cidade e na região do Douro, e em contradição com os interesses (proteccionistas) do restante conjunto nacional.

A partir daí divorciou-se dos modelos de escrita da história então consagrados e enveredou naturalmente pela história narrativa, interessada em recuperar a liberdade e autonomia relativas dos indivíduos e reabilitando estes como actores conscientes da história. Toda a sua obra subsequente, da História da Guerra Civil da Patuleia (1846-47) à biografia D. Maria II (1819-1853) pode e deve ser lida como uma reabilitação da “velha história”, ou seja, como uma exploração das virtualidades da narrativa para tornar inteligível as acções dos homens no contexto dos constrangimentos a que estavam sujeitos. Sobre esta opção pela história política narrativa – o seu estatuto epistemológico e a sua legitimidade disciplinar – M. Fátima Bonifácio explicou-se detalhadamente num longo ensaio publicado em 1999, Apologia da História Política.
 
António Barreto

António Aleixo!

Gente daqui e de agora é o nome deste album de Adriano, gravado em 1971, com música e arranjo de José Niza e poema do nosso grande poeta popular António Aleixo. Um arranjo divertido mas com substância atual! Afinal, há sempre um Manuel Domingues Louzeiro a quem atribuir todas as responsabilidades das nossas desgraças, libertando as nossas consciências para a prática quotidiana das correntes e indiscutíveis "virtudes" nossas. Viva Manuel Domingues Louzeiro!






 
Manuel Domingues Louzeiro de António Aleixo
Por Adriano Correia de Oliveira
 
Da Wikipédia:

António Fernandes Aleixo OM (Vila Real de Santo António, 18 de fevereiro de 1899  Loulé, 16 de novembro de 1949) foi um poeta popular português.

 
Considerado um dos poetas populares algarvios de maior relevo, famoso pela sua ironia e pela crítica social sempre presente nos seus versos, António Aleixo também é recordado por ter sido simples, humilde e semi-analfabeto, e ainda assim ter deixado como legado uma obra poética singular no panorama literário português da primeira metade do século XX.
 
No emaranhado de uma vida cheia de pobreza, mudanças de emprego, emigração, tragédias familiares e doenças na sua figura de homem humilde e simples, havia o perfil de uma personalidade rica, vincada e conhecedora das diversas realidades da cultura e sociedade do seu tempo. Do seu percurso de vida fazem parte profissões como tecelão, guarda de polícia e servente de pedreiro, trabalho este que, como emigrante foi exercido em França.
 
De regresso ao seu país natal, estabeleceu-se novamente em Loulé, onde passou a vender cautelas e a cantar as suas produções pelas feiras portuguesas, actividades que se juntaram às suas muitas profissões e que lhe renderia a alcunha de "poeta-cauteleiro".
 
Faleceu por conta de uma tuberculose, a 16 de novembro de 1949, doença que tempos antes havia também vitimado uma de suas filhas.
 
Poeta possuidor de uma rara espontaneidade, de um apurado sentido filosófico e notável pela «capacidade de expressão sintética de conceitos com conteúdo de pensamento moral», António Aleixo tinha por motivos de inspiração desde as brincadeiras dirigidas aos amigos até à crítica sofrida das injustiças da vida. É notável em sua poesia a expressão concisa e original de uma "amarga filosofia, aprendida na escola impiedosa da vida".
 
A sua conhecida obra poética é uma parte mínima de um vasto repertório literário. O poeta, que escrevia sempre usando a métrica mais comum na língua portuguesa (heptassílabos, em pequenas composições de quatro versos, conhecidas como "quadras" ou "trovas"), nunca teve a preocupação de registar suas composições. Foi o trabalho de Joaquim de Magalhães, que se dedicou a compilar os versos que eram ditados pelo poeta no intuito de compor o primeiro volume de suas poesias (Quando Começo a Cantar), com o posterior registo do próprio poeta tendo o incentivo daquele mesmo professor, a obra de António Aleixo adquiriu algum trabalho documentado. Antes de Magalhães, contudo, alguns amigos do poeta lançaram folhetos avulsos com quadras por ele compostas, mais no intuito, à época, de angariar algum dinheiro que ajudasse o poeta na sua situação de miséria que com a intenção maior de permanência da obra na forma escrita.
 
Estudiosos de António Aleixo ainda conjugam esforços no sentido de reunir o seu espólio, que ainda se encontra fragmentado por vários pontos do Algarve, algum dele já localizado. Sabe-se também que vários cadernos seus de poesia, foram cremados como meio de defesa contra o vírus infeccioso da doença que o vitimou, sem dúvida, um «sacrifício» impensado, levado a cabo pelo desconhecimento de seus vizinhos. Foi esta uma perda irreparável de um património insubstituível no vasto mundo da literatura portuguesa.
 
A partir da descoberta de Joaquim de Magalhães, o grande responsável por "passar a limpo" e registar a obra do poeta, António Aleixo passou a ser apreciado por inúmeras figuras da sociedade e do meio cultural algarvio. Também é digno de registo José Rosa Madeira, que o protegeu, divulgou e coleccionou os seus escritos, contribuindo no lançamento do primeiro livro, "Quando Começo a Cantar" (1943), editado pelo Círculo Cultural do Algarve.
 
A opinião pública aceitou a primeira obra de António Aleixo com bom agrado, tendo sido bem acolhida pela crítica. Com uma tiragem de cerca de 1.100 exemplares, o livro esgotou-se em poucos dias, o que proporcionou ao Poeta Aleixo uma pequena melhoria de vida, contudo ensombrada pela morte de uma filha sua, com tuberculose. Desta mesma doença viria o poeta a sofrer pelos tratamentos que a vida lhe foi impondo, tendo de ser internado no Hospital – Sanatório dos Covões, em Coimbra, a 28 de junho de 1943.
 
Em Coimbra começa uma nova era para o poeta que descobre novas amizades e deleita-se com novos admiradores, que reconhecem o seu talento, de destacar o Dr. Armando Gonçalves, o escritor Miguel Torga, e António Santos (Tóssan), artista plástico e autor da mais conhecida imagem do poeta algarvio, amigo do poeta que nunca o desamparou nas horas difíceis. Os seus últimos anos de vida foram passados, ora no sanatório em Coimbra, ora no Algarve, em Loulé.
 
 
A 27 de maio de 1944 recebeu o grau de Oficial da Ordem do Mérito.[1]
 
Em homenagem ao poeta popular e à sua obra, muitos distritos portugueses atribuíram o seu nome a ruas e avenidas e até a diversas escolas, como:
  • O Liceu de Portimão passou a chamar-se Escola Secundária Poeta António Aleixo.
  • Em Paço de Arcos junto da Escola Náutica também existe uma rua com o nome de António Aleixo.
  • Em Setúbal, o nome do poeta foi também atribuído a uma rua de um bairro da cidade, situado na zona do Centro Hospitalar.
  • Em Camarate no Bairro São José
  • Em Albufeira, junto às praias no Algarve, e em muitas ruas espalhadas por esse Portugal fora e não só, pode-se ver e ouvir o nome do Poeta do Povo imortalizado em alguma placa.
  • Há alguns anos também passou a existir a «Fundação António Aleixo» com sede em Loulé e que já usufrui do Estatuto de Utilidade Pública, o que lhe permite atribuir bolsas de estudo aos mais carenciados, facto que deve ser encarado como bastante positivo.
  • O reconhecimento a este poeta tem-se repercutido noutros países de língua portuguesa, nos quais o nome de Aleixo foi imortalizado em instituições como, por exemplo, a Escola Poeta António Aleixo no Liceu Católico de São Paulo no Brasil. 
 
António Fernandes Aleixo está hoje, bem enraizado e presente. As suas obras foram apresentadas na televisão, rádio e demais sistemas de informação, os seus versos incluídos em diversas antologias, o seu nome figura na história da literatura de língua portuguesa, é patrono de instituições e grupos político-culturais, existem medalhas cunhadas e monumentos erigidos em sua honra. Da sua autoria estão publicadas as seguintes obras:
  • Quando começou a cantar – (1943);
  • Intencionais – (1945);
  • Auto da vida e da morte – (1948);
  • Auto do curandeiro – (1949);
  • Auto do Ti Jaquim - incompleto (1969);
  • Este livro que vos deixo – (1969) - reunião de toda a obra do poeta;
  • Inéditos – (1979); tendo sido, estes quatro últimos, publicados postumamente